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Sem programa e nomes, mudanças de Dilma são mistério

Comentarista de Economia no Jornal da Gazeta, Vinicius Torres Freire comenta a política econômica da presidente Dilma Rousseff.

Sem programa e nomes, mudanças de Dilma são mistério Comentarista de Economia no Jornal da Gazeta, Vinicius Torres Freire comenta a política econômica da presidente Dilma Rousseff.
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A candidata Dilma Rousseff sentiu tanto a pressão do fenômeno Marina Silva que, pela primeira vez, deu algum sinal de que pode mudar alguma coisa na sua política econômica. Um sinal fraquinho, claro, mas em se tratando de Dilma é uma grande novidade.
Nesta semana, a presidente diz que, caso eleita, vai trocar sua equipe de governo, seus ministros. No caso, tratava claramente, mas sem dizer, que trocaria seu ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ficou claro que Dilma quer evitar que seus adversários levem o apoio de empresários ou de gente rica em geral, de financiadores de campanha, ou de tanta gente que desaprova sua administração na economia. Mas pode ser também, como acabei de dizer, que a presidente, caso reeleita, vai repensar seus métodos econômicos.
No entanto, não dá para relacionar necessariamente a saída de Mantega a uma mudança no pensamento econômico da presidente-candidata.

Primeiro, já estava combinado faz meses, pelo menos desde o início do ano, que o ministro Mantega deixaria o governo no final de 2014, mesmo que Dilma viessa a ganhar a eleição. O ministro está cansado, acha que já cumpriu sua missão e, enfim, tem outros motivos pessoais sérios e familiares para voltar para São Paulo.

Segundo, a política econômica do governo foi, até aqui, exatamente a política econômica de Dilma Rousseff. Isso não quer dizer necessariamente que Mantega fez coisas com as quais não concordava. Mas tanto faz: a presidente manda em certos ministérios como se não existisse ministro. As ideias, por vezes descendo a detalhes, são dela. Para o bem ou para o mal, a presidente tem opiniões fortes e enraizadas sobre muitos assuntos.

Logo, apenas anunciar que vai trocar o ministro não implica mudança ou mudança importante na economia. Dada a situação, da crescimento quase zero, é bem possível que Dilma, caso reeleita mude alguma coisa, mas não se sabe em qual direção. Aliás, até agora, Dilma não apresentou seu programa de governo. Enfim, um programa não é feito apenas de propostas. É preciso saber quem vai executá-las, com qual grau de autonomia. Enfim, seria preciso também ter uma ideia da nova equipe econômica de Dilma para saber qual o rumo do governo. Aliás, comentário que vale também para Marina Silva.
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