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Vinicius Torres Freire/ Pessimismo reflete um país que deixou de crescer

Uma semana antes da Copa parecia que o país estava tendo um ataque de mau humor agudo

Vinicius Torres Freire/ Pessimismo reflete um país que deixou de crescer Uma semana antes da Copa parecia que o país estava tendo um ataque de mau humor agudo
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Uma semana antes da Copa parecia que o país estava tendo um ataque de mau humor agudo, com tumultos nas ruas das grandes cidades e baixa aguda na confiança de consumidores e empresários, que começou a cair rapidamente depois de abril.
A bola rolou e, ao que parece, demos um tempo no protesto de rua, nas greves e o mau humor pelo menos parou de piorar, dizem as pesquisas. Pelo menos, é o que diz a pesquisa Datafolha, feita nesta semana, na quarta-feira.

Mas os dias de festa da Copa mudaram a opinião da maioria das pessoas sobre economia e política? Ou apenas estamos dando um tempo, relaxando um pouco depois de um ano de tensão? Parece que é esse o caso.

Pela pesquisa Datafolha, por exemplo, diminuiu um pouco o número de pessoas para quem a inflação vai aumentar. Eram 64% logo antes do início da Copa. Agora, são 58%.

No entanto, esse nível de pessimismo com os preços ainda é altíssimo. Pelo menos desde novembro anda acima de 58%. Esse é o nível de insegurança econômica e de medo da inflação semelhante àquele que nós vimos nos piores anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2002. Nesses anos, houve a grande desvalorização do real e o apagão, o racionamento de eletricidade. Havia mais desemprego, disparadas da inflação, a renda dos brasileiros era menor e o Brasil, enfim, quebrou, teve de ir ao FMI.

É nesse nível de pessimismo econômico que ainda estamos. Mesmo a avaliação do governo de Dilma Rousseff, que melhorou um pouco, está muito perto do seu ponto mais baixo, que aconteceu durante os protestos de junho do ano passado.
As pesquisas de confiança econômica feitas por associações empresariais e pela FGV também ainda mostram alguma piora, um aumento mais suave do pessimismo, é verdade. Mas não indicam melhora. Quer dizer, demos um tempo com a Copa, estamos relaxando um pouco, mas ainda estamos preocupados com a vida.

Além do mais, é difícil acreditar que a confiança possa melhorar muito, depois da Copa. Como a economia deu uma piorada rápida e inesperada entre abril e junho, vai ficar mais visível que o país não cresce nada: o emprego vai ficar mais difícil, a inflação não cai, o crédito cresce cada vez mais devagar. É o cenário de um país que deixou de crescer.
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