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Vinicius Torres Freire/ Os protestos, desta vez, não têm a ver com a economia

Desde metade do ano passado, o clima social e político tem estado quente pelo menos nas ruas.

Vinicius Torres Freire/ Os protestos, desta vez, não têm a ver com a economia Desde metade do ano passado, o clima social e político tem estado quente pelo menos nas ruas.
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Desde metade do ano passado, o clima social e político tem estado quente pelo menos nas ruas. Vieram primeiro os protestos contra a qualidade e preço do transporte público, que logo viraram as grandes manifestações de junho, protestos de milhões contra quase tudo, embora não contra a economia propriamente dita.
Em seguida, vieram protestos mais localizados, as ondas dos black blocs, as greves grandes, como de professores pelo Brasil e a longa greve dos bancários. Agora, o que era mais uma molecagem, os rolezinhos, também está virando um conflito político e ideológico.

Mas quase nada disso parece ter tido a ver com a economia propriamente dita. Nos grandes protestos de junho do ano passado, nada ou quase nada se falava de emprego, de salário, de inflação. Mesmo os protestos seguintes tinham mais a ver com a qualidade dos políticos e dos serviços públicos. Ou seja, estão acontecendo coisas meio inéditas no Brasil. Primeiro, é raríssimo na história moderna do Brasil que grandes protestos de rua estivessem desvinculados de uma grande crise econômica ou de uma reivindicação diretamente econômica.

Segundo, vivemos uma situação em que, mesmo depois de três anos de crescimento muito fraquinho da economia, as condições de vida, no dia a dia, ainda não pioraram de modo significativo. Na verdade, continuam a melhorar, mais de maneira mais lenta. Ainda sobem o consumo e os salários; o desemprego é o mais baixo da história conhecida.

Ou seja, a economia está morna, mas ainda não ficou ruim no dia a dia. Mas o clima social está quente e não tem a ver com reivindicações diretamente econômicas. Há uma insatisfação grande com a qualidade de vida nas grandes cidades, como com o transporte. Há reivindicações de serviços que o dinheiro da renda pessoal não pode comprar diretamente, como um serviço de saúde público que realmente funcione. Há reivindicações de igualdade social, discussões públicas sobre racismo e outros preconceitos.Tudo isso, do jeito que está acontecendo, sem tumulto na economia, é uma novidade no Brasil.

Tema: Economia
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