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Venezuela continua a liderar más notícias

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A Venezuela vai muito mal, obrigado. O ditador Nicolas Maduro trocou, esta semana, 16 dos 32 ministros. Aumentou o espaço dos militares, que ficaram agora com 11 ministérios. O que é que isso significa? Significa que Maduro está trazendo para mais perto dele a única categoria que pode derrubá-lo num golpe de Estado. O chavismo não tem mais apoio político da população, há mais de um ano, quando a oposição conquistou dois terços das cadeiras do Parlamento. Então a oposição tentou convocar um referendo revogarório, que mandaria os bolivarianos para casa. Não deu certo. Os abaixo-assinados dos eleitores foram anulados, por governadores que estão no bolso do governo. Em setembro, o Vaticano prometeu arbitrar o diálogo entre o governo e a oposição. Mas Maduro acabou passando a perna no Vaticano. No mês passado, o representante do papa Frarncisco divulgou uma carta, em que acusa o governo de não querer dialogar ou libertar os prisioneiros políticos. E sabem como é que o governo reagiu à carta? Afirmou que a Venezuela não é um protetorado do Vaticano. Por isso, as negociações de faz-de-conta foram para o brejo. O país continua a ocupar o topo das más notícias. A inflação pode ter chegado, no ano passado, a 720 por cento. Quem diz é o FMI. E este ano pode passar 1.600 por cento. A Venezuela é o país mais violento do Planeta. Foram 100 mil os assassinatos, desde que, em 2013, Maduro entrou no lugar do falecido Hugo Chávez. Falta cada vez mais comida nos mercados, e remédios nas farmácias. O sistema público de saúde entrou em colapso. Um jornal publicou há dias reportagem sobre os hospitais psiquiátricos. É triste, de chorar. A oposição está com as mãos atadas pela ditadura. O Vaticano não pode fazer mais nada. E daqui a duas semanas, Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos. Ele pode parar de importar o petróleo da Venezuela. Se isso acontecer, até a elite bolivariana vai começar a passar fome. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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