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Um balanço de Trump na presidência dos EUA
Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
Um balanço de Trump na presidência dos EUAComentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
Jornal da Gazeta
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Pois bem, 2017 entrará para as enciclopédias como o ano em que Donald Trump desarrumou todo o cenário em que se baseava o equilíbrio internacional. Vejamos. As economias estavam cada vez mais interligadas pelo comércio. Um país dependia do outro, e por isso as disputas se davam apenas por regulamentações. Trump retirou os Estados Unidos da Parceria Transpacífico. Com isso, abriu espaço para o Japão e para a China. O principal foco mundial de tensão, este ano, foi a Coreia do Norte. Trump praticou a diplomacia do twitter, com ameaças à ditadura comunista que já tem a bomba atômica, e ameaça o território americano com mísseis transcontinentais. E em nenhum momento o presidente apoiou o diálogo com os norte-coreanos. Ao contrário, ele ameaçou demitir o chefe de sua própria diplomacia, que aliás vem discretamente atuando com a Rússia para neutralizar o maluco da Coreia do Norte. Trump bagunçou o equilíbrio no Oriente Médio, ao anunciar a mudança da embaixada americana para Jerusalém. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU prometeu cortar a ajuda dos países que não acompanhassem o voto americano na Assembleia da organização internacional. Mas os aliados dos Estados Unidos pagaram para ver. Seria curioso se Trump não vendesse mais armas ao Egito, e jogasse aquele país no colo da Rússia. E, por fim, Trump se retirou do Acordo de Paris sobre o clima. E ainda esta semana, o que deixou os cientistas americanos de cabelos em pé, ele disse que a onda de frio que se abateu sobre os Estados Unidos, "desmente" a tese do aquecimento global. Mas, em verdade, variações intensas das temperaturas são um dos filhotes do efeito estufa. Em resumo, Trump é mais ou menos uma versão oposta do rei Midas, aquele que transformava em ouro tudo aquilo em que tocava. Trump transforma o que toca em conflito e retrocesso diplomático. Ele completa o primeiro aniversário de mandato só em 20 de fevereiro. Mas já é formidável a enorme bagunça que ele provocou. É assim que o mundo gira. Boa noite.