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Rombo da Previdência aumenta 18%

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

Rombo da Previdência aumenta 18% Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Confira abaixo o comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

"Esse balanço das contas da Previdência deixa evidente a necessidade de reestruturação do sistema, pra que se possa barrar o aumento dos rombos, impedir que abocanhem uma fatia cada vez maior do orçamento, desviando recursos de áreas prioritárias como saúde e educação, até porque o governo tem de respeitar a PEC dos Gastos. PEC que determina que as despesas não possam aumentar mais que a inflação do ano anterior.

No ano passado, a inflação ficou em menos de 3% enquanto o rombo do sistema previdenciário aumentou mais de 18%. Não é uma questão de obsessão em mudar as regras de aposentadoria, fazer os trabalhadores se aposentarem mais tarde ou contribuírem mais tempo. É a realidade. E não adianta argumentar que a cobrança de devedores evitaria a necessidade de reforma, como muitos argumentam.

A dívida atrasada com a Previdência soma cerca de R$ 420 bilhões de reais. Uns R$ 200 bilhões não dá pra cobrar porque são empresas que quebraram, como as de aviação. Outros R$ 50 bilhões estão em execução. E têm uns R$ 180 que são alvo de disputas judiciais, como todas as protelações que, como sabemos, a Justiça permite.

Agora, na hipótese de que toda essa dívida fosse paga, cobriria pouco mais de um ano do rombo, que no ano passado, como vimos, ficou em R$ 268,8 bilhões de reais. Sendo que, neste ano, o governo já prevê que possa passar de R$ 192 bilhões.

Na verdade, com as expectativa de vida cada vez maior e a população envelhecendo, nem a reforma proposta mudaria muito a situação no curto prazo. As previsões, também do governo, são de uma redução do déficit entre R$ 5 e R$ 6 bilhões se a reforma passar até março. Traria mais alívio apenas em prazo maior, mas ainda insuficiente pra reverter o quadro deficitário.

A economia em dez anos chegaria a uns R$ 500 bilhões. De qualquer modo, daria um certo fôlego inicial para o próximo governo, quebraria privilégios, como dos servidores contratados antes de 2003, que se aposentam em condições muito favoráveis. Além disso, poderia evitar repercussões negativas no andamento da economia, pelo fracasso de qualquer chance de freada nos déficits do sistema e as implicações que têm para as contas públicas.

Mas, o mais provável é que a reforma fique mesmo para o novo governo. O atual, enfraquecido politicamente, tem gerado muitas dúvidas quanto às negociações que faz pra obter certos resultados No caso da Previdência há risco de os custos superarem os resultados. Boa noite."
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