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Reforma da Previdência será mais difícil

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo

Reforma da Previdência será mais difícil Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo
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A avaliação quase geral é que a reforma trabalhista foi um teste para a da Previdência. As condições em que foi aprovada pela Câmara seriam um indício da base de apoio com a qual o governo poderá contar. Mas a relação não é tão simples assim. As mudanças na área trabalhista, desde o início, não enfrentaram tanta resistência como da Previdência. Os próprios trabalhadores sentem a necessidade de uma maior flexibilidade de regras. As condições do mercado de trabalho mudaram e muitas coisas ainda estão á margem da lei, como o trabalho sem horário fixo, de casa, temporário, a divisão do período de férias, novas formas de contratação, como de microempreendedores. Claro que haverá uma fase de adaptação que pode gerar impasses. Os sindicatos, sem a garantia da contribuição, terão de ser mais atuantes e representativos, pra atrair mais filiados. E isso pode ser uma proteção para os trabalhadores diante da flexibilização. As empresas terão de ter representantes dos sindicatos, que devem endossar contratos que alterem o que está previsto em Lei. Já a reforma previdenciária, entre outras mudanças, vai fazer com que a maior parte dos trabalhadores tenha de trabalhar mais tempo pra se aposentar. O que de cara gera muito mais resistência, pressão sobre os congressistas. E a reforma trabalhista exigia apenas a metade dos votos mais um. A da Previdência, por ser uma emenda constitucional, precisa da aprovação de três quintos da Câmara e do Senado. O governo ainda terá de trabalhar muito para garantir a aprovação, além de todas as concessões que já fez na proposta original. E a grande argumentação que tem é a necessidade de frear os rombos da Previdência pra reequilibrar as finanças e recuperar a capacidade de gerar superávits, de investir, de administrar melhor áreas prioritárias. No que depender da evolução das contas, a argumentação, pode não convencer, mas está valendo. O déficit em março chegou a R$ 11 bilhões, o maior para o mês em 21 anos. No primeiro trimestre o saldo ficou negativo em quase R$ 18 bilhões e 300, com a Previdência tendo um déficit de R$ 40 bilhões. A receita, mesmo em queda, ajudou a garantir um resultado menos ruim. Agora, ainda que a receita volte a crescer, com a retomada da economia, o peso da Previdência, do jeito que está, só vai aumentar, até chegar num nível insustentável. Boa noite.
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