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Rainha da Inglaterra defende a Europa unida

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O Reino Unido, e a Inglaterra dentro dele, estão querendo renegociar com a União Europeia. O bloco tem 28 países, e os britânicos nunca foram os mais entusiastas. Pois bem, no comecinho do mês passado, as eleições parlamentares reelegeram o primeiro-ministro o conservador, David Cameron. E ele disse que tem agora a legitimidade para convocar um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia. A votação está prevista para daqui a dois anos. Mas o próprio Cameron não diz que os britânicos pularão fora da Europa. O que ele diz é que eles querem mexer nas regras com que o bloco funciona. Cameron quer, por exemplo, que os imigrantes sejam submetidos a um prazo de quatro anos, antes que possam ter todos os direitos trabalhistas. E quer também que o Parlamento Europeu não tenha mais poderes de cancelar as leis votadas pelos deputados britânicos. Então, Cameron deseja apenas negociar condições, mais vantajosas para o Reino Unido. Mas dentro da bancada conservadora do Parlamento existem deputados, que querem, pura e simplesmente, sair do bloco. Os sindicatos são contra. Mas eis que, ontem à noite, quem tomou partido nessa história foi a rainha Elizabeth 2ª. Ela está na Alemanha, em visita oficial. E fez um discurso em que elogiou a Europa e deu a entender que condenava a saída britânica. A rainha é um personagem apartidário. Ela foi o mais longe do que poderia. E deu um pitaco, favorável aos europeus e contrário aos chamados eurocéticos. A Europa unida começou a nascer há quase 60 anos. Cresceu e não hoje é apenas uma zona de livre comércio. Quanto mais ela se une, mais cada país fica dependente dos outros. Com isso, deixou de existir a possibilidade de uma Guerra entre os Estados membros. A Europa é um imenso cemitério de civis e militares. Foram duas guerras mundiais do século 20. Em nome dos que estão enterrados, que a União Europeia seja mantida e continue forte. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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