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Queda de juros depende da crise política

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

Queda de juros depende da crise política Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Os juros do crediário podem até ter caído mais que a taxa básica definida pelo Banco Central, mas isso não significa que haja um movimento efetivo de barateamento do crédito. No rotativo do cartão, os juros ainda estão em inacreditáveis 422,5% ao ano. Mesmo que, agora, o consumidor só possa usar essa linha por um mês, pesa muito. Aí cai no parcelado e tem de encarar taxas que estão por volta de 160% ao ano. É a velha desculpa do risco. Se mais pessoas têm de ir para o parcelado, o risco de atraso aumenta. Pra compensar eventuais perdas com calote, os bancos deixam as taxas nas alturas. Só que os juros, absurdamente altos, também reforçam esse risco. O melhor para o consumidor é fugir de dívidas no cartão, buscar outras linhas de crédito, com juros bem mais baixos, que têm registrado cortes maiores. Exceção do cheque especial, com taxa média de mais de 328% ao ano. Mas o consignado está com um custo médio de 28,2% ao ano. Se não der pra usar o consignado, tem o empréstimo pessoal, com taxa média de 129% ao ano. Agora, se já havia resistência para um corte maior dos juros no crediário, com a crise política, a situação pode ficar mais complicada. Já não dá pra prever com alguma segurança, sequer, o que vai acontecer com os juros básicos. Na semana que vem, o Banco Central deve reduzir a selic em um ponto, para 10,25% ao ano, como era esperado. Isso pode até passar a idéia de uma certa normalidade. E a equipe econômica tem feito muito esforço nesse sentido. Mas, dependendo da evolução da crise política, pode aumentar o grau de incerteza quanto aos rumos da economia, à possibilidade de um ajuste estrutural das contas públicas, que possa garantir, de fato, maior estabilidade. Nesse caso, mesmo que a inflação continue baixa, o Banco Central pode acabar tendo de segurar mais os cortes da selic. E o mercado, já muito cauteloso, pode frear mais a redução das taxas para consumidores e empresas. Quanto mais rápido for o desfecho pra crise política, menor o dano para a economia. Isso desde que esse desfecho não leve a mudanças na política econômica, a um menor compromisso com o ajuste fiscal. Eu volto na segunda. Até lá.
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