Compartilhe
Política ajuda a piorar o tumulto na economia

Jornal da Gazeta
A dívida do governo cresce sem parar. Agora, com a volta da confusão política, há ainda menos chances de dar um jeito nas contas do governo, de controlar o déficit.
Se a dívida cresce a perder de vista, os credores pedem juros mais altos para emprestar dinheiro para o governo, o que aumenta os juros na economia inteira.
Se a dívida cresce, cresce o medo de calote, o que faz o dólar subir, o que já fez a inflação subir.
Se a dívida cresce e causa toda essa confusão, o empresário não investe, pois não sabe o que vai ser do futuro do país.
A coisa já estava feia, até porque o governo não sabe o que fazer, nem quer mudar muito. Agora, a política vai ajudar a piorar o tumulto.
Primeiro, voltaram a estourar os escândalos quinzenais, na Lava Jato.
Segundo, o PSDB, os tucanos, vai lançar uma campanha de rua e nacional pelo impeachment.
Terceiro, a parte do PMDB que é de oposição a Dilma Rousseff vai criar confusão e paralisia no Congresso. Eduardo Cunha outro dia sofreu uma derrota, por causa de Dilma. Vai se vingar ainda mais e ameaça colocar pra votar leis que estouram ainda mais as contas do governo.
Quarto, o próprio PT é contra as mudanças que a presidente quer fazer pra dar uma arrumadinha nas contas do governo, como a contenção de gastos e a reforma da Previdência. Se nem o PT vai votar com a presidente, difícil imaginar que o resto do Congresso vote a favor.
Quinto, o povo não vai ficar mais satisfeito neste ano, pois o desemprego está aumentando cada vez mais rápido e a inflação não está caindo.
Com esse clima político, social, econômico, judicial e policial, vai ser difícil aprovar alguma coisa no Congresso para melhorar as contas do governo.
Voltando ao começo: enquanto não se resolve isso, a crise segue feia.