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O esporte é um sintoma de qualidade de vida

Comentário de Economia, com Vinicius Torres Freire.

O esporte é um sintoma de qualidade de vida Comentário de Economia, com Vinicius Torres Freire.
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A cada Olimpíada, a gente fica meio frustrado com o Brasil. Os jogos do Rio ainda nem chegaram à metade, mas a coisa também não deve ser muito diferente desta vez. O que isso tem a ver com economia? Bastante, embora não seja tudo.

Considerando os nossos recursos econômicos e sociais, até que o Brasil não vai mal. Ao contrário. Na Olimpíada de Pequim, 2012, o Brasil ficou em 22º lugar. Agora, está por aí. Mas, em termos de riqueza, de renda por cabeça, de PIB per capita, em qual posição fica o Brasil? 72. Septuagésimo segundo lugar, segundo o Banco Mundial.

Em termos de desenvolvimento social, em que posição estamos? 75 entre 188 países, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH da ONU, que mede resultados na área de educação, saúde e renda.

Até tem país mais pobre com mais medalha. Etiópia, Quênia, Jamaica. Mas são países especializados em corredores. Os demais vencedores, são países de economias muito mais ricas e socialmente justas. São países que também usam o esporte para ter projeção política internacional. Tradição cultural e competitiva também contam.

De onde saem nossos atletas mais vitoriosos? De algumas bases econômicas. O judô se massificou a partir da classe média paulista, a mais rica do país. O vôlei cresceu em cidades médias ricas do centro sul do país e do patrocínio direto de empresas. Muitas medalhas vêm de pessoas ricas que bancam seus esportes ou quase isso, como na vela ou na equitação, esportes que a gente mal conhece.

Os clubes maiores pouco se dedicam a esporte além do futebol. Pior: devem bilhões para a Previdência, para o governo, para nós, e não têm programas maciços de esporte.

Atletitmo, natação, grande número de atletas em qualquer área, dependem do óbvio: gente saudável, criança em escola boa, com um equipamento esportivo mínimo ou em centros esportivos populares, com olheiros pra levar os talentos para os clubes, método que aliás também não existe. Mas a gente não faz nem o básico de tirar o esgoto da água, reduzir a violência e a nossa desigualdade campeã do mundo.

Ganhar medalha esportiva, no fundo, nem é importante em si mesmo. Mas o esporte é um sintoma de qualidade de vida. Sem isso, o lamento das poucas medalhas é apenas uma fantasia patrioteira frustrada.
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