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Nicarágua é exemplo melancólico de ditadura

A esquerda está desaparecendo na América Latina.

Nicarágua é exemplo melancólico de ditadura A esquerda está desaparecendo na América Latina.
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A esquerda está desaparecendo na América Latina. Ela poderá perder este ano as eleições no Equador e em Honduras. Continuará a existir só em Cuba e na Nicarágua, onde hoje um ex-guerrilheiro, Daniel Ortega, toma posse para um quarto mandato de presidente. Mas é um mandato manchado pelo autoritarismo e pela mutreta. Eu explico. A oposição liberal não conseguiu disputar as eleições de novembro. A candidata da oposição, Violeta Granada, foi cassada no ano passado. E também foram cassados todos os 28 deputados da oposição, eleitos em 2011. O voto na Nicarágua não é obrigatório. O governo diz que, em novembro, quase 70% dos eleitores votaram. A oposição diz que foram apenas 20%. Daniel Ortega não deixou que entrassem no país observadores internacionais. Disse que os observadores eram todos sem-vergonhas. Ortega não quis repetir agora a experiência das eleições de 1990. Em eleições limpas, ele foi na época derrotado por Violeta Chamorro. A Nicarágua é hoje um exemplo melancólico de ditadura. E eu constato isso com muita tristeza. Lembro-me de 1979, quando Ortega, e a Frente Sandinista de Libertação Nacional, derrubaram a ditadura de Anastácio Somoza. A família Somoza saturou o país de ditadores durante 52 anos. A Frente Sandinista queria democracia. Mas depois chegou muito perto de Cuba e da finada União Soviética. Mais recentemente, passou a comer milho nas mãos da Venezuela. Mas a Venezuela entrou em colapso e não tem mais dinheiro para distribuir. Então, esse pequeno país de apenas 6 milhões de habitantes, espremido na América Central, entre Honduras e Costa Rica, procura se acertar com a China. Os chineses projetaram um novo canal entre o Caribe e o Oceano Pacífico. É uma alternativa ao Canal do Panamá. Pode ser também uma tragédia ambiental. Mas vai trazer dinheiro, para esse povo infeliz que, no continente americano, é quase tão pobre quanto o Haiti. Pobre Nicarágua. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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