Compartilhe
Multidão de refugiados gera racismo na Europa

Jornal da Gazeta
O Alto Comissariado de Refugiados fez as contas e anunciou, em Genebra, que 160 mil desesperados já desembarcaram desde janeiro na Grécia. Só em julho, foram 60 mil. A Grécia é um país pequenininho, com pouco mais de 10 milhões de habitantes. Mas é também um país que afundou numa profunda crise econômica. Não tem como dar casa e emprego para tanta gente. Mesmo assim, a ONU fez um apelo para que o governo grego demonstre generosidade.
O segundo alerta veio da Alemanha. O governo de Berlim calculava que receberia este ano 450 mil refugiados. Fez uma nova previsão e agora espera 750 mil. Mesmo sendo o país mais rico da Europa, ele vai ter dificuldades para absorver tanta gente. A Alemanha superou a Suécia, que até agora recebia mais refugiados. Esses desesperados fogem dos conflitos africanos, fogem da guerra civil na Síria, que já dura quatro anos. E fogem também do Iraque e no Afeganistão. O mundo não está nem mais, nem menos violento. A única grande novidade que faz imensos estragos são os malucos do Estado Islâmico, que atuam no Oriente Médio, e espalharam franquias na Nigéria e na Líbia. A solução, então, é fugir para a Europa. Mas ela não tem uma capacidade ilimitada para receber essa multidão de vítimas. Isso gera intolerância, e essa coisa horrorosa que é o racismo. É assim que o mundo gira. Boa noite.