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Mais cocaína na Colômbia, menos na Bolívia

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Mais cocaína na Colômbia, menos na Bolívia Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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O Brasil tem dois inimigos nas fronteiras. É a Bolívia e a Colômbia. Não estou falando dos dois governos. Mas a Bolívia e a Colômbia são os maiores produtores regionais de cocaína. E o Brasil, segundo dados da ONU, é o segundo maior consumidor mundial. Vem logo atrás dos Estados Unidos. A ideia então é a seguinte. Quanto menos cocaína os nossos vizinhos produzirem, menor será a quantidade vendida no mercado clandestino brasileiro. A cocaína alimenta o crime organizado. Um terceiro vizinho nosso, o Paraguai, não é produtor da droga. Mas é dono do comércio atacadista da cocaína que entra no Brasil. É uma situação em que a lógica da repressão nem sempre funciona. Nesta semana, o governo dos Estados Unidos publicou um relatório dizendo que a Colômbia está aumentando a produção de cocaína. E que a Bolívia está diminuindo. Acontece que a Colômbia sempre seguiu a cartilha americana para neutralizar o narcotráfico. Mas precisou dar uma parada nas operações de fumigação. A fumigação é quando pequenos aviões despejam desfolhantes em áreas plantadas. A Colômbia tirou o pé do freio porque foi essa uma das condições que ela negociou os guerrilheiros das Farc. As Farc tinham se transformado em traficantes, e o lançamento de pesticidas atingia os acampamentos delas. O processo de paz na Colômbia será o tema de um referendo no dia 2 de outubro. E a Bolivia? Pois o presidente Evo Morales já foi o líder do sindicato dos cocaleiros. Os cocaleiros produzem a folha de coca, que os bolivianos gostam de mascar. Morales tem uma relação muito ruim com os Estados Unidos. Há oito anos, ele expulsou a DEA, que é a agência americana de repressão ao narcotráfico. Mas ele conseguiu que a União Europeia financiasse programas, que levaram os pequenos cultivadores de coca a cultivar outra coisa. O resumo da história é que a produção de coca está aumentando na pró-americana Colômbia, mas está caindo na antiamericana Bolívia. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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