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João Batista Natali/ Suíça cria cotas para mão-de-obra estrangeira

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Vamos falar hoje da Suíça. Ela é, como vocês sabem, um país de 8 milhões de habitantes, em que as pessoas ganham em média quatro vezes mais que no Brasil. Pois bem, a Suíça tomou no domingo uma decisão muito esquisita. Votou num plebiscito a criação de cotas para a importação de mão-de-obra dos 28 países da União Europeia. A Suíça não faz parte do bloco europeu. Mas ela depende dos trabalhadores de territórios vizinhos. Todas as manhãs, 60 mil italianos atravessam a fronteira para trabalhar por lá, e voltam para a Itália no final do expediente. A mesma coisa acontece com 56 mil alemães. Vejam que não estou falando de negros ou de árabes, que são vítimas tradicionais do preconceito, numa Europa loira e de olhos azuis. O referendo suíço foi convocado por um pequeno partido da extrema direita. A proposta antiimigração foi aprovada por 51 por cento dos eleitores. A extrema direita, em toda a Europa, nasceu do berço fedido do ódio ao estrangeiro. Ela acredita que os valores culturais estão ameaçados pela imigração. E agora, de quem os suíços têm medo? Pois eles têm medo dos trabalhadores da Romênia e da Bulgária, dois países mais pobres que entraram para a União Europeia em 2007. Mas só agora seus cidadãos ganharam o direito de trabalhar aonde bem entenderem. A Suíça está fora desse mapa. Mas ela aderiu, há muitos anos, a um acordo europeu que aboliu os vistos de entrada e controle nas fronteiras. O banco Crédit Suísse acredita que 80 mil estrangeiros poderão ser demitidos. A entidade dos empresários locais afirma que, se for aplicado literalmente, o referendo terá sido um tiro no pé da economia suíça. A França, a Alemanha e a Itália, dentro do vocabulário diplomático, reagiram no limite das palavras educadas. E os partidos da extrema direita, por toda a Europa, ficaram muito, mas muito assanhados. Comemoraram, da Inglaterra à Noruega. O único país que corre o risco de seguir o mau exemplo da Suíça é a Holanda, onde a extrema direita está bem posicionada nas pesquisas eleitorais. É assim que o mundo gira. Boa noite.

Tema: Política internacional
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