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João Batista Natali / Regime cubano completa 55 anos

Confira o conteúdo exclusivo da TV Gazeta - João Batista Natali / Regime cubano completa 55 anos

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Vamos falar hoje de Cuba. O regime cubano comemorou, ontem, 55 anos da queda da ditadura de Fugêncio Baptista. Foi na época uma coisa incrível. Guerrilheiros derrubaram um governo corrupto, apoiado pelos Estados Unidos. Mas Cuba continua a ser uma coisa incrível, agora no mau sentido. Raúl Castro fez nesta quarta um discurso em que alertou contra a subversão política e ideológica, destinada, segundo ele, a acabar com o socialismo. Esse negócio de acenar com o fantasma da subversão é um filme que nós, brasileiros, já assistimos. Durante a ditadura militar, era subversivo quem queria democracia. Os militares brasileiros e os dirigentes cubanos têm a mesma linguagem. Raúl Castro substituiu seu irmão, Fidel, em 2006. Tomou algumas medidas que a torcida do regime comunista da ilha aplaudiu e considerou ousadas. Não foi bem isso. Os cubanos agora podem importar carros. Mas com os salários em torno de 280 reais por mês, quem terá dinheiro para cometer essa loucura? É bem verdade que, para um país com 11 milhões de habitantes, hoje quase meio milhão possui micro-empresas. Mas eles só conseguem ganhar dinheiro se fizerem parte da economia que funciona com o dólar. É o caso de motoristas dos taxis reservados aos clientes estrangeiros. O país oficial também encontrou um novo jeito de fazer dinheiro. Estará recebendo, do Brasil, 270 milhões de dólares por ano, ao exportar mão-de-obra para o programa Mais Médicos. Mas isso é picuinha. Cuba poderia, dentro ou fora do comunismo, andar com suas próprias pernas, sem depender da Venezuela ou do Brasil. Se não pode, é porque é vítima há mais de meio século de um criminoso embargo comercial dos Estados Unidos. Um embargo rigorosamente inútil, porque os comunistas cubanos não mudaram de opinião. É também a velha história. Com a corda no pescoço, o regime comunista tenta por todos os meios se agarrar à ortodoxia. O que atrasa um inevitável processo de democratização. Discordar do governo, como ontem lembrou Raúl Castro, é ser neoliberal, é ser subversivo. É assim que o mundo gira. Boa noite.
Tema: Cuba
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