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João Batista Natali / Na Venezuela, a democracia está asfixiada

Comentarista de Política Internacional do Jornal da Gazeta, João Batista Natali analisa a situação da Venezuela.

João Batista Natali / Na Venezuela, a democracia está asfixiada Comentarista de Política Internacional do Jornal da Gazeta, João Batista Natali analisa a situação da Venezuela.
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Vamos falar mais uma vez da Venezuela. O presidente Nicolas Maduro escorrega cada vez mais para o perfil de um ditador. Temos duas novidades nesta semana. A primeira veio do partido chefiado pelo presidente. É uma versão bolivariana do Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou a todos os cristãos. O Pai Nosso virou uma beatificação de Hugo Chávez, o dirigente venezuelano que morreu no ano passado. Começa assim: "Chávez nosso que estás no céu, na terra, no mar e dentro de nós todos". A Arquidiocese de Caracas alertou que isso não é apenas uma brincadeira de mau gosto. É um sacrilégio, que machuca a consciência da maioria católica da Venezuela. A segunda novidade foi uma reforma ministerial que Maduro anunciou para tentar conter a crise econômica. O tiro já saiu pela culatra. Ele tirou Rafael Ramirez do Ministério da Economia e o colocou nas Relações Exteriores. Ramirez defendia a desvalorização da moeda e o corte dos subsídios da gasolina. Seria uma forma de conter a inflação de 60 por cento ao ano, e o desabastecimento, que provoca o sumiço de um quarto dos produtos nos supermercados. Com a saída de Ramirez, a crise volta à estaca zero. Maduro se comporta como se transpirasse popularidade. Não é o caso. Um instituto próximo do governo traz uma pesquisa muito ruim para o presidente. 63 por cento criticam a política econômica dele, e 58 por cento acham que ele deveria renunciar. Acontece que Maduro foi eleito no ano passado para um mandato de seis anos. Poderia ser afastado daqui a dois anos, se um abaixo-assinado com a maioria dos eleitores assim o exigisse. Mas dificilmente esse abaixo-assinado sairá. O regime bolivariano é opressor, é policialesco. Não dá liberdade à oposição. Controla a mídia. Há algumas semanas, o último grande jornal de oposição, o El Universal, foi vendido a um grupo próximo de Maduro. A democracia venezuelana está asfixiada. Não tem como respirar. É assim que o mundo gira.
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