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João Batista Natali/ Francisco: bombeiro que tenta apagar velhos incêndios

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Vamos falar hoje do papa. Faz exatamente um ano que o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio se tornou o papa Francisco. Sorridente e bonachão, ele atingiu rapidamente a condição de celebridade, pela qual sentimos um carinho infinito. Mas é difícil, por enquanto, identificar o rumo doutrinário e político do pontificado dele. Os planos dos dois papas anteriores eram muito claros. João Paulo Segundo conseguiu eliminar a esquerda e a teologia da libertação de dentro da igreja. Bento 16 insistia no caráter imutável dos valores morais, dentro de um mundo que tende a relativizar até o bem e o mal. O papa Francisco tem sido por enquanto um bombeiro que tenta discretamente apagar velhos incêndios. Enquadrou a Cúria Romana. Tomou precauções para que o Banco do Vaticano não se metesse mais em especulação financeira ou lavagem de dinheiro. Está sendo duro no combate à pedofilia. Mas se a gente espremer direitinho o limão desse pontificado, haverá por enquanto muito pouco suco. Há, isto sim, uma mudança de estilo, na direção da maior informalidade. Papa Francisco deixou os aposentos a que tem direito e está morando no alojamento dos cardeais visitantes. Deu um par de declarações tolerantes aos homossexuais e aos divorciados. Mas, ao mesmo tempo, não sinalizou nenhuma mudança radical na posição da igreja. Ela continua dogmática e conservadora com relação à ordenação de mulheres e ao celibato do clero, sem falar do aborto ou casamento gay. Para sermos realistas, a burocracia católica é uma estrutura pesada. Não é como uma pequena empresa que muda seu percurso em poucos dias. A igreja é como um pesado transatlântico de cem mil toneladas, em que o timoneiro precisa de horas e dias para a mínima manobra. Por que então o papa Francisco é tão popular? Eu acredito que ele é competente e intituitivo em questões de marketing pessoal. Ele sabe que, se for aceito como simpático, a simpatia passará a ser um dos atributos do catolicismo. Mesmo assim, por enquanto o pontificado dele tem menos conteúdo e mais efeitos especiais. É assim que o mundo gira.
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