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João Batista Natali/ A Quinta-Coluna da Rússia está na Crimeia

Vamos falar mais uma vez da Ucrânia. O presidente interino, Olexander Turchynov, alertou hoje para o risco de separatismo.

João Batista Natali/ A Quinta-Coluna da Rússia está na Crimeia Vamos falar mais uma vez da Ucrânia. O presidente interino, Olexander Turchynov, alertou hoje para o risco de separatismo.
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Vamos falar mais uma vez da Ucrânia. O presidente interino, Olexander Turchynov, alertou hoje para o risco de separatismo. Ele tem razão, mas vamos recapitular. Manifestantes conseguiram derrubar o presidente Yanuykovych, porque ele, cedendo às pressões da Rússia, congelou um processo de aproximação da Ucrânia com a União Europeia. No sábado, as ruas rejeitaram um acordo que abreviaria o mandato presidencial dele. Queriam que Yanukovych fosse imediatamente deposto. A polícia aderiu aos manifestantes e, desprotegido, o presidente fugiu para a Crimeia. Quando o presidente interino fala de risco de separatismo, é na Crimeia que ele está pensando. Essa península do Mar Negro tem só dois milhões dos 46 milhões de ucranianos. Mas a população local é composta em 60% por russos ou descendentes de russos. A Crimeia tem uma longa história. Foi objeto de uma guerra em meados do século 19, em que ingleses e franceses derrotaram a Rússia imperial. Foi também por lá, na cidade de Yalta, que Roosevelt, Churchill e Stalin se reuniram para redesenhar o mapa da Europa para depois da derrota de Hitler. Em 1991, quando a Ucrânia se tornou independente, ela herdou um grande abacaxi. No litoral da Crimeia, o porto de Sebastopol hospeda a marinha russa para o Mediterrâneo. E vejam que curioso. O todo-poderoso Vladimir Putin, presidente russo, desde sábado está bem quietinho. Ele foi surpreendido pela queda de Yanukovych. Poderia ter entrado em depressão, dessas em que a gente não quer sair da cama. Mas precisava presidir, no domingo, a cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Sotchi. A Rússia não reconhece o novo governo ucraniano. Putin seria o grande perdedor se a Ucrânia se colocasse debaixo das asas da União Europeia. E, desta vez, ele não precisaria intervir com blindados, como fez contra a República da Geórgia, em 2008, para resolver problemas de fronteira. A quinta coluna da Rússia está na Crimeia, onde, aliás, o prefeito de Sebastopol foi substituído, ontem à noite, por um cidadão etnicamente russo. Em resumo, essa crise ainda não acabou. E pode acabar mal. É assim que o mundo gira.

Tema: Política internacional
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