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João Batista Natali/ A Igreja Católica, mais uma vez, vai para o pelourinho

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Vamos falar da Irlanda. É uma ilha com menos de 5 milhões de habitantes, quase todos católicos. Ela é independente do Reino Unido desde 1921. A Igreja é protegida pelo Estado. 90 por cento das escolas são católicas. O governo paga, mas são os padres e as freiras que mandam. O catolicismo está no DNA dos irlandeses. A Irlanda jamais legalizaria o aborto ou o casamento gay. Foi também na Irlanda que estouraram os mais cabeludos escândalos de pedofilia dentro da Igreja. A novidade, por lá, vem do trabalho de uma historiadora, chamada Catherine Corless. Ela tem provas muito sólidas de que os corpos de 796 bebês foram jogados, clandestinamente, no esgoto de um convento. Essas crianças morreram entre 1925 e 1961. Naquela época, o convento era dirigido por freiras que acolhiam mães solteiras. Ser mãe solteira era quase um crime naquele país. Os conventos faziam o parto, e depois entregavam os bebês para adoção. Ou então deixavam que eles ficassem ao lado das mães. Essas mães se tornavam empregadas da instituição, que era aliás mantida com dinheiro do governo. A historiadora encontrou os atestados de óbito dessas quase 800 crianças. Mas nenhuma delas estava enterrada legalmente num cemitério. Foi então que ela se lembrou de dois meninos, que, em 1975, disseram que encontraram ossadas humanas no terreno em que existiu o convento, e onde agora existe um conjunto habitacional. Na época, a polícia disse que eram talvez ossos de crianças que morreram na chamada grande fome, que se abateu sobre a Irlanda em meados do século 19, e matou um milhão. Ontem, a descoberta dos esqueletos virou em algumas horas um caso político. O governo irlandês não tem outra alternativa a não ser abrir inquérito policial. Ninguém acusa as freirinhas de matar crianças. Elas erraram, e feio, ao não darem a essas crianças sepultura. E, mais uma vez, a Igreja Católica vai para o pelourinho. É uma das regras do jogo, nos países em que a igreja exerce bem mais que o poder religioso. É assim que o mundo gira.
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