TV Gazeta ícone da TV Gazeta ícone da TV Gazeta +551131705643 TV Gazeta - Programação ao vivo, receitas, notícias, entretenimento, esportes, jornalismo, ofertas, novidades e muito mais no nosso site. Vem pra #NossaGazeta!
Av. Paulista, 900 - Bela Vista 01310-940 São Paulo SP BR
ícone da TV Gazeta TV Gazeta - Programação ao vivo, receitas, notícias, entretenimento, esportes, jornalismo, ofertas, novidades e muito mais no nosso site. Vem pra #NossaGazeta! TV Gazeta, Receitas, Revista da Cidade, Você Bonita, Mulheres, Gazeta Esportiva, Jornal da Gazeta, Mesa Redonda, Troféu Mesa Redonda, Papo de Campeões, Edição Extra, Gazeta Shopping, Fofoca

Hong Kong paga preço da geopolítica internacional

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Hong Kong paga preço da geopolítica internacional Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
Logo do programa Jornal da Gazeta
Vocês podem me perguntar a razão que leva a imensa e poderosa China, com 1 bilhão e 300 milhões de habitantes, a se preocupar com a indefesa Hong Kong, uma península desse tamanhinho, com apenas 7 milhões de pessoas. Pois se preocupam, e muito. Hong Kong é uma região chinesa. A história é antiga. O pequeno território foi tomado pelos ingleses, em 1841, e devolvido há apenas 19 anos. O acordo de devolução estipulou que Hong Kong teria seu próprio sistema econômico e político, por mais 50 anos. É um país autônomo, mas que depende de Pequim para a diplomacia e para a defesa militar. O governo de Pequim nunca permitiu a ideia de independência de Hong Kong. E é justamente essa a tendência indicada pelas eleições legislativas de domingo. No pequeno parlamento de 70 cadeiras, os partidários de uma independência, mesmo que independência light, conseguiram 30 cadeiras, três a mais que na eleição anterior. Entre os eleitos, estão alguns líderes daquele movimento, que há dois anos ocupou, por semanas seguidas, as ruas do centro financeiro de Hong Kong. Foi uma fantástica manifestação de protesto contra a ditadura da China. A eleição de domingo demonstrou que existe agora mais gente que defende a democracia. Mas vejam bem. Esse grupo não é politicamente apoiado por nenhuma potência ocidental. Estados Unidos e União Europeia não entram na briga. A razão é simples. A comunidade internacional não quer uma China fragmentada, despedaçada em países menores, brigando entre eles. Se a moda pega, também viram independentes o Tibete, as províncias de maioria muçulmana, e até a pequena Taiwan, que nunca deixou de ser parte da China, por mais que não obedeça a Pequim desde 1949. Tudo isso para dizer que os norte-americanos e os europeus não querem saber de uma China aos pedaços. Os chineses de Hong Kong herdaram dos britânicos uma democracia que sofre ameaça constante. Mas hoje essa minoria chinesa paga o preço da geopolítica internacional. É assim que o mundo gira. Boa noite.
Leia mais sobre:
Siga o Jornal da Gazeta nas redes sociais