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Governo Temer já perdeu tempo demais

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

Governo Temer já perdeu tempo demais Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Mesmo com todo o compromisso do governo em fazer o ajuste fiscal, o que temos, por enquanto, é só piora das contas públicas. E não apenas porque a arrecadação vem caindo, com a atividade econômica fraca, mas porque as despesas não param de crescer. Ainda que a arrecadação melhore no ano que vem, com a esperada retomada do crescimento da economia, não vai consertar a situação. O governo vai ter de avançar com um ajuste mais pesado das contas, o que inclui a aprovação da PEC, que vai limtar o aumento dos gastos, e a reforma da Previdência. E não pode perder muito tempo. Na verdade, já perdeu tempo demais. Antes, teve a desculpa da interinidade. Agora, tem as eleições. Mas a gente percebe que ainda não definiu uma proposta para a Previdência. Cada dia vem uma novidade. Parece que está testando a resistência que vai enfrentar no Congresso, na sociedade, pra vem até onde pode ir. Mas os números estão aí pra comprovar a gravidade da situação. O rombo da Previdência cresceu mais de 90% nos primeiros oito meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. 2015 fechou com um déficit do sistema de 86,81 bilhões de reais. Neste ano deve passar de 148 bilhões.Sem mudanças em relação á idade de aposentadoria, as condições de alguns benefícios, cortes de privilégios de certas categorias o rombo vai ser progressivo. Por mais que se espere firmeza do governo na defesa dessas mudanças, a tramitação das matérias não vai ser rápida. A PEC deve sofrer alterações, assim como a reforma da Previdência, seja qual for a proposta. É assim que as coisas funcionam. Por outro lado, a arrecadação não vai ter expansão forte de uma hora pra outra, as concessões e privatizações, que devem gerar mais receita, têm cronograma meio esticado. Portanto, apesar de o governo não gostar de falar disso, algum aumento da carga de impostos não está descartada. Não está mesmo. Porque melhorar o quadro fiscal é condição imprescindível para o País ter credibilidade, atrair investimentos, reduzir a dívida, derrubar mais a inflação, os juros. Sem o ajuste a crise pode persistir. A postura de Temer em relação ao ajuste vai definir se terá trajetória parecida com de Itamar Franco, que conseguiu estabilizar a economia, ou se vai seguir caminho semelhante ao de Sarney, que não gostamos muito de lembrar. Eu volto na segunda. Até lá.
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