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Governo deve resultados mais efetivos

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

Jornal da Gazeta

As contas do governo sempre começam o ano com saldos melhores, no embalo do aumento de atividade dá época do Natal e dá injeção do décimo terceiro na economia. Mesmo assim a Receita ainda continuou refletindo a fraca atividade. O que fez diferença ainda foram receitas extraordinárias, como dos royalties do petróleo, com a alta do preço no exterior. O fato é que mesmo com todo o ânimo em torno do ajuste fiscal, por enquanto, ele é mais uma promessa. Promessa de que os gastos não vão subir acima da Inflação passada o que, neste ano, com a inflação em queda tem pouco efeito. E promessa de reformas, principalmente dá Previdência, que é a maior fonte de rombo das finanças, cuja aprovação vai depender de muita negociação política. Esses desafios que o governo se propôs terão impacto em prazo mais longo. O desafio por ora é garantir a meta deste ano, que é de um déficit de 139 bilhões, o que pode exigir maior contenção de despesas, com o País ainda em crise, desemprego elevado e baixo nível de investimentos. A expectativa é que a esperada retomada de atividade assegure maior de receita, assim como as concessões de infraestrutura e a nova repatriação de recursos. O governo conseguiu inverter o sinal das expectativas, ao propor uma gestão mais responsável das finanças. Mas está devendo resultados mais efetivos, que não dependam de manobras de resultado rápido. O que também inclui a não correção dá tabela do imposto de renda, que não passa de um aumento disfarçado dá carga tributária. Eu volto na próxima quinta. Até lá.

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