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Estado Islâmico destrói herança cultural do mundo

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Os canalhas do Estado Islâmico estão destruindo edifícios e estátuas. São tesouros da arquitetura que contam a história da humanidade. A tragédia acontece no Iraque e na Síria. Foi nesses dois países que o grupo terrorista ocupou uma parte do território. Eles não aplicam a lei muçulmana dos grandes mestres do alcorão. Eles aplicam a lei que sai do nariz deles. Uma das burrices em que eles acreditam é que qualquer estátua que represente um ser humano já é coisa de idolatria. E então eles pegam martelos e tratores para destruir tudo o que enxergam pela frente. Isso já aconteceu há dez anos com o Talibã, no Afeganistão. Agora os malucos atacaram as cidades antigas de Hatra e Nimrud. Nesse primeiro sítio arqueológico, existia uma fortificação com 2.200 anos que resistiu a uma invasão dos romanos. Em Nimrud, outro edifício tinha 2.800 anos. A Síria é um imenso depósito de história. Antes dos muçulmanos, lá viviam povos da mais remota antiguidade. Foi um dos centros de expansão do cristianismo. E também um centro de estudos rabínicos, que aprofundaram os conhecimentos sobre a religião judaica. O Iraque está na Mesopotâmia. Lá moravam sumérios e acadianos, há mais de 40 séculos. E depois vieram os assírios e caldeus. Nos últimos anos essa região tem sido muito castigada. Eu lembraria que, em 2003, os americanos transformaram as ruínas de Babilônia em estacionamento de blindados. Os veículos esmagaram pedras e tijolos desse império que existiu há 2.700 anos. O Estado Islâmico corta a cabeça de jornalistas, mata cristãos. É horrível. Os monumentos destruídos estariam lá, daqui a cem anos, para contar sobre o nosso passado. Esse tipo de destruição não afeta só a herança cultural dos povos árabes, no Iraque e na Síria. Afeta a herança cultural que é minha, que é de vocês todos. É a herança dos que assinaram a certidão de nascimento do homem civilizado. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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