Enquanto se articula Alexandre no Supremo, 90 mortos no Espírito Santo

Comentário de Política, com Bob Fernandes.

Sábado, 4, Temer ainda fazia consultas sobre a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal... Segundo o noticiário.
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No mundo real, a decisão já estava tomada. Na véspera, Temer anunciou duas medidas.
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Tornou ministro Moreira Franco, até então secretário. Ministros têm foro privilegiado. Só o Supremo pode julgá-los.
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Quando Dilma tentou dar foro privilegiado a Lula foi um escândalo...
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...Moro deu ordem para gravar, e vazou. No Supremo, Gilmar Mendes sapateou. Manchetes e vozes bradaram por semanas.
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Com Moreira Franco, registros por 48 horas, ou silêncio cúmplice. Até, há pouco, um juiz suspender a nomeação.
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Outra medida anunciada por Temer, na mesma sexta: a ampliação das atribuições do Ministério da Justiça, tornado também "da Segurança Pública".
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Segurança Pública que nesse ano assistiu motins em três presídios; com esquartejados, decapitados, e 136 mortos.
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Até ontem, terça, quem comandava o ministério da Justiça, e Segurança Pública, era Alexandre de Moraes.
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Enquanto Temer articulava o futuro Supremo de Alexandre, explodia a crise de Segurança Pública no Espírito Santo. Governado por Paulo Hartung, de saída do PMDB.
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Famílias de polícias militares bloqueiam quartéis. Greve informal da PM,
hoje com adesão da Polícia Civil.
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Na segunda, o ainda ministro Alexandre estava ansioso, angustiado. Mas, ao menos publicamente, não com a gravíssima crise no Espírito Santo.
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Via WattsApp, como registrado em foto, às 5 da tarde Alexandre informava a amigos: Temer iria indicá-lo para o Supremo.
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Nem uma única frase sobre a crise, descontrôle e pânico no Espírito Santo: assaltos, tiros, saques, pancadaria. Prejuízos caminhando para os R$ 100 milhões.
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Intervenção do Exercito. E em Vitória, no bairro Itararé, conflito entre soldados e populares. A crise chegou a Vila Velha, Guarapari , Cachoeiro do Itapemirim...
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Enquanto se decidia o futuro Supremo do passado ministro, sem Justiça e sem Segurança Pública a violência matava: 90 mortos no Espírito Santo, Brasil.
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Em julho passado atentado terrorista matou 85 em Nice. Repercussão instantânea , e muitos brasileiros chocadíssimos com as mortes... lá na França.