Eleição: jatinho, culpas, igrejas, a Comédia, Farsa e a Tragédia

Eleição - Comentarista de Política do Jornal da Gazeta, Bob Fernandes analisa o cenário político da disputa eleitoral.

Dramaturgo e poeta alemão, Brecht recomendava "distanciamento crítico" para se perceber melhor o teatro, e a realidade. Vamos a esse exercício.
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O PSB lançou nota sobre obscuros negócios em torno do jatinho que caiu e matou Eduardo Campos. Diz o PSB ser "alheio às negociações".
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Em resumo, a culpa seria do morto, cuja santificação política precedeu e secundou a assunção de Marina.
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Aécio (PSDB) acusa: o Plano de Governo de Marina plagiou trechos do Plano de Governo de Fernando Henrique. É fato. Quatro itens foram copiados na íntegra.
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A campanha de Marina diz que as acusações são "maliciosas".
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A culpa deve ter sido do mordomo. Ou do estagiário, como foi no caso dos erros e recuos anteriores no Plano.
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Agripino Maia, aquele do DEM e coordenador-geral da campanha de Aécio, já vaza apoio da patota toda a Marina num segundo turno... E isso é, seria o "novo".
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Já o programa de TV de Dilma (PT) sugere ser Marina um Jânio Quadros, que renunciou, ou Collor, que caiu em meio à podridão do seu governo.
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Jânio é citado nominalmente, mas Collor, não. Porque Collor hoje é aliado do governo Dilma.
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Para enfrentar o furacão Marina, diz a Folha de S. Paulo, o governo promete apoio a projeto que dá ainda mais benefícios, inclusive tributários, às igrejas evangélicas.
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A igreja católica sempre teve tais benefícios. Isso no chamado "Estado Laico"... Se verdadeiro o fato, em uma semana 2 a 0 pros Malafaias.
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Raul Gil encontrou Levy Fidelix (PRTB) depois do debate e disse: "Gostei da sua apresentação. Vou te contratar para ser animador no auditório do meu programa".
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Candidatos franco-atiradores seguem atirando. Atiram com a mesma franqueza que tiveram PSDB e PT em outros tempos, quando eram ... franco-atiradores.
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Como pregava Brecht... "distanciamento crítico". Seja na Comédia, na Tragédia ou na Farsa.