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É difícil reativar economia nesse clima tenso

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

É difícil reativar economia nesse clima tenso Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Com delações, queda de popularidade e economia em crise, o governo vive um inferno astral. O relatório Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, trouxe a previsão de queda maior do PIB, de 3,48%, este ano, com expansão de apenas 0,7% no ano que vem. E há quem fale até em nova retração. Pra desviar o foco e tentar gerar mais confiança, o governo deve lançar uma agenda mais positiva. Há tempos se cobra alguma iniciativa fora do ajuste fiscal, do ajuste das contas públicas, que é fundamental, mas não vai garantir a reversão da crise. Entre as possíveis medidas, está o programa de sustenção do emprego, semelhante ao adotado por Dilma, com redução de jornada, salário e desconto, tendo cobertura do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O impacto deve ser pequeno. Com cerca de 12 milhões de desempregados, se fala na preservação de 200 mil vagas em quatro anos. Muito pouco. Também se cogita o uso do Fundo de Garantia e a redução do compulsório dos bancos, direcionando mais recursos pra renegociação das dívidas de empresas e consumidores, que têm sido uma trava para investimentos e o consumo. Medidas desse tipo têm um efeito limitado. Juntas, até podem ajudar a dar algum gás para a economia. Agora, o que pode funcionar mesmo é acelerar os investimentos, via concessões de infraestrutura, estabelecer uma política industrial que aumente a competitividade e as exportações, além do corte dos juros básicos pelo Banco Central. Concessões, melhoria do ambiente de negócios, competitividade, dependem uma agilidade maior da equipe de governo. Já a redução do juros parece garantida pela esperada queda da inflação. O mesmo relatório do BC trouxe a previsão de inflação mais baixa, de 6,52% este ano e de 4,9% no ano que vem. Com isso, na visão do mercado, a taxa básica deve cair para 10,5% em 2017, o que poderia ter um bom impacto sobre as taxas de mercado, a oferta de crédito, ainda mais se vier junto com o aumento da confiança. O problema é que a melhoria da confiança também está relacionada ao quadro político. E por aí não dá pra esperar muita acomodação. As delações mais pesadas, envolvendo políticos e o próprio governo, só começaram. Impulsionar a economia nesse clima tenso é difícil. Mas é melhor alguma atuação nesse sentido, do que o governo ficar pautado só pelo ajuste fiscal e a Lava Jato. Eu volto na quinta. Até lá.
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