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As discussões sobre a legalização do aborto na Argentina

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

As discussões sobre a legalização do aborto na Argentina Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

"A Argentina poderá em breve legalizar o aborto. Eu digo "poderá", porque a questão ainda está engatinhando. Mas a boa notícia, para os partidários da interrupção voluntária da gravidez, é que o governo deu o apoio para o começo da discussão na Câmara dos Deputados.

O projeto será apresentado dentro de uma semana, na terça que vem. E os partidários da liberação acreditam que a tramitação vai durar no mínimo dois meses. No continente sul-americano, o aborto é legal apenas no Uruguai e em duas das três guianas, a que pertencia à Inglaterra e a que ainda pertence à França.

O sinal verde para a discussão na Argentina partiu do presidente Maurício Macri. Ele se define como adversário do aborto, mas diz que a decisão é do Congresso e que não vetaria um projeto nesse sentido. Os defensores do aborto na Argentina estão espalhados por todos os partidos, inclusive o Podemos. Foi por ele que Macri se elegeu presidente, no final de 2015.

A Argentina tem 44 milhões de habitantes, quase um quinto da população do Brasil. Calcula-se que todos os anos 500 mil argentinas recorram ao aborto clandestino. E 60 mil vão parar nos hospitais públicos, com complicações provocadas por condições pouco adequadas. É por esse ângulo, e não pelo ângulo religioso, que a interrupção voluntária da gravidez se transformou em problema de saúde da mulher.

Na Europa, com a exceção da Polônia e da Irlanda, o aborto está legalizado e não é por causa disso que se criou um problema religioso. Nos Estados Unidos, o aborto foi legalizado por uma decisão da Corte Suprema. Mas alguns estados criam dificuldades e diminuem ao máximo o número de clínicas credenciadas. E a situação tende a piorar, com a onda conservadora liderada pelo presidente Donald Trump. E aqui no Brasil? Bem, este ano temos eleições. Se o assunto não for levado ao congresso, o Brasil vai ficar no finzinho de uma longa fila de países com legislação discriminatória e atrasada. É assim que o mundo gira. Boa noite."
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