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Dinheiro do FGTS pode melhorar os ânimos

No final do ano passado, o governo Temer anunciou que seria possível sacar esses recursos.

Dinheiro do FGTS pode melhorar os ânimos No final do ano passado, o governo Temer anunciou que seria possível sacar esses recursos.
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Está quase fechado: será possível sacar o dinheiro parado nas contas inativas do FGTS a partir de março até julho deste ano, diz o governo.
O que é isso? Uma conta inativa do FGTS é aquela que não recebe mais depósitos da empresa, do empregador. Não recebe porque o contrato de trabalho foi encerrado. Isto é, o trabalhador foi demitido ou se demitiu. Além do mais, não havia meio legal de tirar o dinheiro de lá.
No final do ano passado, o governo Temer anunciou que seria possível sacar esses recursos. Era uma medida de estímulo à economia.
Trocando em miúdos, um dinheiro que poderia ser usado para pagar dívida ou fazer uma compra. Isso faz girar um pouco os negócios.
É muito? No total, talvez sejam sacados uns R$ 30 bilhões. É mais ou menos o equivalente a um ano do dinheiro dos benefícios do Bolsa Família, cerca de 0,5% do PIB.
Vai virar a economia de cabeça para cima? Não. Mas é um remédio, um paliativo, um remendo útil.
A recessão está demorando mais para passar do que se previa na metade do ano passado. Este começo de ano deve ser ainda de estagnação, sem queda, mas sem crescimento.
Com mais alguns meses fracos, poderia vir um desânimo. Esse dinheirinho do FGTS pode servir para evitar essa depressão.
As coisas ainda estão difíceis. A gente viu hoje que o número de empregos formais, com carteira assinada, continua a cair. É verdade que está caindo mais devagar. Mas há menos trabalho, de qualquer modo.
Qualquer remédio razoável que impeça o aumento do desânimo é uma ajuda. Há outras pequenas boas notícias no cenário. A inflação começou a cair mais do que o esperado. Assim, as taxas de juros começaram a cair mais também.
Ainda é pouco. Mas inflação menor come menos o nosso salário. Dá para comprar um pouquinho mais. Juros menores ajudam a melhorar a situação de empresas endividadas. Mais adiante, podem baratear os crediários.
É pouco, mas é melhor do que nada. O Brasil é um doente que vai levantar muito devagarinho da cama, que vai se recuperar de uma doença muito grave.
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