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As dificuldades para a recuperação do comércio e do poder de compra do brasileiro

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

As dificuldades para a recuperação do comércio e do poder de compra do brasileiro Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Essa perda de ritmo na recuperação do comércio reflete muito as dificuldades que o consumidor brasileiro continua enfrentando. O desemprego permanece muito alto. A recuperação que houve desde o ano passado foi muito puxada pela informalidade. São empregos mais precários, com menor remuneração. A população ainda está muito endividada e pior: com inadimplência em alta.

Segundo levantamento, também divulgado hoje, da Confederação dos Dirigentes Lojistas, o número de consumidores com dívidas atrasadas cresceu 4,2% no mês passado, atingindo quase 62 milhões e 900 mil brasileiros. São quase 62,9 milhões de brasileiros com dívidas atrasadas. É muita coisa. E setembro ainda teve algumas condições adversas mais específicas. A inflação subiu. Foi um momento de maior incerteza em relação às eleições. O dólar bateu nos 4 reais e 42.

Tudo isso impôs maior cautela até pra quem não estava numa situação financeira mais difícil. Pelo menos as dúvidas quanto às eleições passaram, o que gera expectativas mais favoráveis para a economia, se levarmos em conta as linhas gerais do programa econômico a ser adotado pelo governo Bolsonaro. Mas isso, claro, não nos livra de dúvidas quanto a forma como os grandes problemas da economia serão administrados.

Hoje mesmo, tivemos esse comportamento mais negativo do mercado - o dólar chegou a passar dos 3 e 83, com bolsa em queda forte - em boa parte pelas indefinições no diz respeito à Reforma da Previdência. O próprio presidente eleito disse, logo cedo, que nada deve ser aprovado neste ano e qualquer mudança deve ser pensada com o coração.

Apesar de a proposta do atual governo já ter passado por grandes modificações, pra amenizar as mudanças que iriam pesar mais nas condições para aposentadoria e até para o pagamento de benefícios sociais, a impressão que fica é que a proposta do futuro governo poderá ser ainda mais amena. Se vier muito branda poderá produzir menos efeito do que se espera do ponto de vista financeiro. O que pode mexer ainda mais com o humor do mercado, além da confiança dos agentes econômicos, do empresários, que terão de investir mais, com mais contratações, pra poder gerar mais emprego e garantir condição melhor para os consumidores.

Até que haja uma definição, mesmo, do programa de governo, esse clima de incerteza pode persistir. Agora, para o consumo, a tendência é de alguma melhora daqui para o final do ano. Além do décimo terceiro, que começa a ser pago em novembro, o comércio terá duas datas das mais importantes para as vendas, que é a black friday e o Natal. Ainda que seja temporário, esse movimento maior de vendas deve dar um fôlego a mais para a economia. Boa noite.
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