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Diálogo com o Estado Islâmico é impossível
Comentarista de Política Internacional do Jornal da Gazeta, João Batista Natali fala sobre o Estado Islâmico.

Jornal da Gazeta
Mas este ano até a Al Qaeda rompeu com eles, e disse que eles eram intratáveis. Se nem a Al Qaeda consegue dialogar, qual é a receita mágica da diplomacia brasileira? Vejamos um pouco de história. Os nazistas qualificavam de terrorista a Resistência Francesa. Os franceses faziam a mesma coisa com os partidários da independência da Argélia. Mas era uma
forma de combate para conseguir a liberdade. Entre os muçulmanos surgiu um novo tipo de terrorismo. É uma gente que não quer liberdade. Quer a destruição daqueles que escolheram como infiéis. É o caso da Al Qaeda e do 11 de Setembro. Dois dos filhotes malditos da Al Qaeda são o Boko Haran, na Nigéria, e o Estado Islâmico, implantado na Síria e no Iraque. Entre os muçulmanos, esse grupo de malucos está matando xiitas, sunitas moderados, curdos ou drusos. Também degolaram e mataram cidadãos da minoria cristã do Iraque. Diálogo é uma palavra que não existe no dicionário deles. O Estado Islâmico não tem embaixadores, não tem diplomacia. Hoje, pela
terceira madrugada consecutiva, os americanos bombardearam posições desses terroristas de verdade. O alvo foram refinarias, de onde eles roubam o petróleo sírio para trocá-lo por armas. O Pentágono bombardeou ao lado de aviões da Arábia Saudita e dos Emirados. O diálogo é impossível, e a ideia da presidente Dilma já entrou para o folclore das ingenuidades diplomáticas. Essa gente só entende a linguagem da força, como disse Barack Obama. E que os bolivarianos do Itamaraty me perdoem. Mas desta vez o presidente dos Estados Unidos tem razão. É assim que o mundo gira. Boa noite.