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Desemprego aumenta, mas há uma boa notícia

Comentário de Economia, com Vinicius Torres Freire

Desemprego aumenta, mas há uma boa notícia Comentário de Economia, com Vinicius Torres Freire
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Hoje foi dia de greve e cidades paradas. Mal deu para perceber, no tumulto, que saiu um balanço da situação do trabalho. Ruim para o emprego, mas nem tanto para a economia.
Como isso é possível?
Primeiro, a novidade boazinha da pesquisa do IBGE: o total dos salários pagos na economia, o total dos rendimentos do trabalho, cresceu pela primeira vez 18 meses, desde 2015.
Isto é, a massa salarial, tudo o que todo mundo ganhou no trabalho, foi maior nos três primeiros meses deste ano do que no ano passado. Por quê? Principalmente porque a inflação diminuiu e porque quem está no emprego teve algum reajuste.
Em resumo, aumentou o poder de compra das pessoas que estão empregadas.
E daí? Daí que há um pouquinho mais de dinheiro para o consumo. Se há mais consumo, se as pessoas compram um tiquinho mais, há um pouquinho mais de produção nas empresas, que devem passar a demitir menos ou até contratar.
Quer dizer, parece mesmo que a economia parou de encolher, de produzir e pagar menos salário, neste primeiro trimestre.
Agora, as más notícias: sim, o número de pessoas empregadas caiu ainda em relação ao ano passado. A situação do emprego só piorou.
O desemprego aumentou. Era de 13,2% em fevereiro, foi para 13,7% em março. São 14,2 milhões de pessoas procurando trabalho sem encontrar.
Como é possível dizer que a economia parou enfim de piorar se o total de pessoas empregadas cai, se aumenta a quantidade de gente procurando trabalho sem achar?
Costuma ser assim. Quando a economia começa a piorar, as pessoas não perdem o emprego logo de cara. As empresas não demitem logo. Na média, esperam para ver como fica a situação.
Mas, por outro lado, quando a economia começa a melhorar, as empresas não saem contratando. Têm capacidade ociosa, podem produzir sem contratar ou investir mais. Têm medo de contratar, enquanto a melhora não parece firme, duradoura.
Então, mesmo com a melhorazinha deste ano, o desemprego ainda vai crescer, pelo menos até metade do ano. O mau humor, que em parte apareceu nas greves, vai continuar também.
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