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Debate sobre aborto retrocede no continente

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Debate sobre aborto retrocede no continente Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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O Senado argentino vota amanhã a lei que poderia legalizar o aborto. Eu disse "poderia", porque o projeto vai ser derrotado. Serão 37 votos contra o aborto e 31 a favor. É pelo menos o que diz um levantamento do jornal Clarín. Existem ainda dois senadores indecisos, uma abstenção e um senador que estará ausente.

A votação começa às 10 e meia da manhã e deve terminar na madrugada de quinta-feira. Ela marcará um recuo na tendência mundial, de não apenas descriminalizar a interrupção voluntária da gravidez, mas também de permitir que a rede pública de hospitais esteja a serviço da saúde da mulher.

A exemplo do que ainda acontece no Brasil, na Argentina o aborto continuará a ser uma prática clandestina e as mulheres não vão ter o mesmo direito que elas têm até em outros países com uma longa tradição católica, como a Espanha e Portugal, ou mais recentemente, a Irlanda.

A igreja entrou firme nessa briga. O arcebispo de Buenos Aires, monsenhor Mário Poli, que sucedeu na arquidiocese o atual papa Francisco, rezou hoje de manhã uma missa, em que fez um apelo dramático aos senadores. O curioso é que as pesquisas, ao contrário do que acontece por aqui, indicam que a maioria dos argentinos é favorável à legalização do aborto. São 51 por cento a 44 por cento. Mas se opõem à descriminalização as províncias do norte do país, que são mais conservadoras. E ainda: o eleitorado peronista é mais favorável ao aborto legalizado, do que os eleitores liberais do presidente Maurício Macri.

Na América Latina, a gravidez só pode ser interrompida legalmente no Uruguai, em Cuba e na pequena Guiana. E existem dificuldades no horizonte dos Estados Unidos. O governo Trump cortou as verbas federais para as clínicas especializadas. E o mesmo Trump deve indicar um novo juiz para a Suprema Corte. Um dos critérios para a escolha será a de alguém que assuma o compromisso de dificultar ou proibir a interrupção da gravidez. É uma pena. Estamos andando para trás. É assim que o mundo gira. Boa noite."
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