TV Gazeta ícone da TV Gazeta ícone da TV Gazeta +551131705643 TV Gazeta - Programação ao vivo, receitas, notícias, entretenimento, esportes, jornalismo, ofertas, novidades e muito mais no nosso site. Vem pra #NossaGazeta!
Av. Paulista, 900 - Bela Vista 01310-940 São Paulo SP BR
ícone da TV Gazeta TV Gazeta - Programação ao vivo, receitas, notícias, entretenimento, esportes, jornalismo, ofertas, novidades e muito mais no nosso site. Vem pra #NossaGazeta! TV Gazeta, Receitas, Revista da Cidade, Você Bonita, Mulheres, Gazeta Esportiva, Jornal da Gazeta, Mesa Redonda, Troféu Mesa Redonda, Papo de Campeões, Edição Extra, Gazeta Shopping, Fofoca

Cuba pós-Fidel depende, também, de Trump

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Cuba pós-Fidel depende, também, de Trump Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
Logo do programa Jornal da Gazeta
As cinzas de Fidel vão ser enterradas só no domingo. Mas a grande pergunta é desde já a seguinte: o que vai acontecer com Cuba? Por enquanto, nada. Toda ditadura comunista sobrevive graças a uma burocracia, que é conservadora, e faz de tudo para continuar no comando. O roteiro montado por Raul Castro é até simples. Ele deixaria o poder em 2018, e para o lugar dele iria Miguel Diaz-Canel, um ex-ministro hoje com 56 anos. Mas essa é a hipótese conservadora. E aqui vai uma particularidade do regime cubano. Os países comunistas sempre tiveram um birô político, que é um colegiado fechado para discussões importantes. Mas, em Cuba, o birô político nunca funcionou. Fidel e depois Raul centralizavam as decisões. No final dos anos 80, oficiais do Exército que voltavam da Guerra de Angola, na África, tentaram ocupar um espaço político maior. Fidel Castro mandou fuzilar todos eles, inclusive o general Arnaldo Uchoa, falsamente acusado de narcotráfico num processo infame. Agora, com a morte de Fidel, Cuba perde seu maior símbolo de unidade. Enquanto isso, correm informações de fortalecimento dos burocratas que defendem um comunismo como o da China ou do Vietnã. Que partiria para uma economia de mercado. Em Cuba, com 11 milhões de habitantes, 500 mil cidadãos já trabalham por conta própria. Seria o único jeito de acabar com o racionamento. Em Cuba tudo é racionado. De quantos quilos de carne uma família pode comer por semana, ao único par de sapatos que eu posso comprar em um ano. Mas essa solução de mercado fica difícil, se Cuba sofrer alguma ameaça externa. Os reformistas se uniriam aos ortodoxos, para manter o país unido. E essa ameaça externa existe. Ela se chama Donald Trump. Com o perdão da palavra, esse cretino, exige agora, aquilo que Cuba não deu a nenhum dos 11 últimos presidentes americanos. Ou seja, liberdade e democracia. Donald Trump é por isso um cúmplice indireto daqueles que pretendem manter a ditadura comunista em Cuba. É assim que o mundo gira. Boa noite.
Leia mais sobre:
Siga o Jornal da Gazeta nas redes sociais