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Crise interna basta para explicar instabilidade

Essa alta do dólar pode piorar ainda mais as projeções de inflação, que já estão subindo bastante.

Crise interna basta para explicar instabilidade Essa alta do dólar pode piorar ainda mais as projeções de inflação, que já estão subindo bastante.
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Essa alta do dólar pode piorar ainda mais as projeções de inflação, que já estão subindo bastante. O relatório Focus, divulgado nesta segunda pelo Banco Central, trouxe a previsão do mercado de uma alta de 9,46% do IPCA neste ano e de 5,87% no ano que vem. A previsão de inflação pra 2016 já está perto do teto da meta, que é 6,5%. O dólar tem um peso importante na formação de preços no Brasil. Não é só o produto acabado, que vai pra prateleira. O dólar interfere até no preço de alimentos, já que o produtor usa insumos importados. Assim como a indústria de produtos de limpeza, maquiagem, de eletroeletrônicos, de automóveis... Os preços só não estão subindo mais porque estamos em recessão, com queda forte de vendas. O mesmo relatório do Banco Central também aponta a previsão, do mercado, de uma retração do PIB de 2,8% este ano e de 1% no ano que vem. E projeções que ainda podem piorar. O desemprego, avançando como está, pode derrubar mais o consumo, o desempenho das empresas, reforçando o ciclo negativo. Com atividade mais fraca, as empresas podem demitir mais.Em outro sentido, o governo ainda enfrenta sérios problemas no campo político, que podem comprometer o ajuste que propos nas contas públicas. A resistência no Congresso é muito forte. Nesta semana, além das discussões em torno do ajuste, o Congresso ainda deve voltar a votar a derrubada de vetos da presidente, que envolvem gastos, como o reajuste do Judiciário, que poderiam comprometer de vez qualquer chance de superávit das contas no ano que vem. Mesmo que os vetos, como esse, não sejam derrubados, a possibilidade de aprovação da CPMF é mínima. O governo dificilmente vai conseguir garantir um saldo melhor das contas, em 2016, com a CPMF. Pode até recorrer a outros tributos, como a Cide, dos combustíveis, pra melhorar a Receita. Mas não dá pra descartar o risco de, no meio do caminho, o País sofrer um novo rebaixamento pelas agências internacionais.Tudo isso explica a pressão do mercado, fora as questões externas.O dia hoje foi pesado para o mercado global, com queda das bolsas e de outras moedas, diante de novos dados que indicam a desaceleração da China e o possível aumento dos juros nos Estados Unidos, ainda este ano. Mas o ambiente doméstico já tem dado motivos de sobra pra instabilidade. E o mercado também já começa a testar se o Banco Central vai mesmo vender a meoda a vista, usando as reservas se o dólar avançar com mais intensidade. Foi essa ameaça que fez o dólar perder força no final da semana passada. Mas só conversa não vai segurar a pressão. Boa noite.
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