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Corte de gastos públicos terá de ser maior

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo

Corte de gastos públicos terá de ser maior Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo
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A arrecadação caiu mais que se previa porque a economia vem com um desempenho pior que o esperado. Atividade econômica fraca, com desemprego em alta, afeta a geração de impostos. E, com menos arrecadação, as contas públicas só pioram. Mas o problema não é apenas do lado da receita, as despesas também continuam avançando, especialmente as da Previdência. O rombo do sistema previdenciário cresceu mais de 100% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, indo de cerca de 54 bilhões de reais para mais de 112 bilhões e 600. Isso reafirma a importância de uma reforma da Previdência que barre o aumento dos gastos. Reforma que fica mais urgente com a aprovação da PEC dos gastos, que já parece certa. O governo não vai poder aumentar as despesas além da inflação do ano anterior. Se os gastos com a Previdência continuam subindo muito acima da inflação, outras despesas terão de sofrer cortes maiores. O orçamento vai ter de ser administrado, para se enquadrar nos limites da PEC. Não vai dar mais pra ficar esticando a corda como vem acontecendo. Agora, em relação à meta fiscal, é possível que o governo consiga atingir os 172 bilhões de reais, que é o déficit previsto pra este ano, com a receita extra, proveniente das multas com a repatriação de recursos. A repatriação já garantiu uns 40 bilhões de reais e é possível que chegue aos 50 bilhões até o dia 31, quando termina o prazo. Mas isso também não significa nenhum grande avanço na reestruturação das finanças. É uma receita extra, temporária, com a qual só vai poder contar uma vez. No ano que vem, quando o rombo das contas deve cair para 139 bilhões, o esforço no corte de gastos terá de ser bem maior. Ainda que a PEC seja aprovada, como a inflação de 2017 vai ser menor que a deste ano, as despesas ainda não vão ter uma contenção muito forte. É claro que se espera um aumento da geração de impostos, com a provável retomada do crescimento da economia. Mas, por enquanto, o que temos ainda é uma evolução muito ruim das contas públicas. E, exatamente, por isso não se pode descartar algum novo tributo ou corte de desonerações como forma de o governo reforçar o caixa pra poder cumprir mesmo a meta. Eu volto na segunda. Até lá.
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