Cai Yunes, o 1º amigo; Temer e Gilmar atacam "vazamentos" da Lava Jato

Comentário de Política, com Bob Fernandes.

Jornal da Gazeta

Pediu demissão o assessor especial da Presidência e primeiro-amigo de Temer, José Yunes.
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Segundo o delator Cláudio Melo, da Odebrecht, Yunes recebeu R$ 4 milhões repassados ao hoje Chefe da

Casa Civil, Padilha.
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A delação atinge Temer e seus ministros próximos. Foram citados 51 políticos, entre eles Alckmin, Aécio

e Serra.
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Marcelo Odebrecht, já delatando, confirmou: no Palácio do Jaburu, Temer teria pedido R$ 10 milhões para o PMDB.
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Segundo a Folha, Lula e Dilma e/ou os seus também têm sido alvos na delação de Marcelo.
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Em carta ao Procurador Janot, na segunda, 12, Temer cobrou "conclusão rápida" da Lava Jato.
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Disse que "iniciativas de governo vêm sofrendo interferência ilegítima" com o vazamento de delações.
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Gilmar Mendes, do Supremo, avançou. Para ele, "vazamentos seletivos" como o de Cláudio Melo podem "levar à anulação de processos".
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-Vamos ter que discutir com seriedade essa questão dos vazamentos- cobrou Gilmar.
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Em Março a presidente Dilma, que não era investigada, foi grampeada em conversa telefônica com Lula.

Mais de uma hora da gravação foi ilegal, não autorizada.
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O juiz Moro vazou a conversa. O ministro Teori Zavaski criticou Moro:
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-Papel de juiz é o de resolver e não o de criar conflitos... Pressupõe imparcialidade, discrição, prudência e não se deixar contaminar pelos holofotes...
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Á época o ministro Gilmar, hoje novamente crítico de vazamentos, defendeu aquele vazamento. Esqueceu a forma legal em defesa da "extrema gravidade" do conteúdo.
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Em setembro, o 4º Tribunal Federal arquivou denúncia contra Moro. Alegou: a Lava Jato traz "problemas inéditos e exige soluções inéditas".
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Leia-se: soluções à margem, fora da lei. Em nome da lei vale quase tudo. Para tanto, se tenta intimidar quem aponte abusos, ilegalidades que se acumulam, e fatos.
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Fato é que quem está no e com o Poder trabalha pelo combinado em outro estrondoso vazamento.
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Aquele em que Romero Jucá cobrava o impeachment de Dilma e propunha:
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-Temos que botar o Michel num grande acordo nacional, com Supremo, com tudo. (...) Para estancar a sangria...