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Brasil é recordista global de juros reais
Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
Brasil é recordista global de juros reaisComentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
Jornal da Gazeta
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O mercado já vinha meio dividido entre um corte de meio ou de 0,75 ponto na taxa básica. Apostou mais no 0,50 pela postura cautelosa do Banco Central. Mas o corte maior teve repercussão muito positiva. Principalmente, pela expectativa de continuidade dessa redução dos juros, talvez, com um novo corte de 0,75 já na próxima reunião do Copom. É isso que pode fazer diferença pra retomada do crescimento da economia. Na medida em que se trabalha com uma trajetória de queda dos juros básicos, o sistema financeiro começa a derrubar efetivamente os juros, de forma que faça mais diferença, o ambiente econômico fica mais favorável, os empresários começam a sair do conforto das aplicações financeiras para investir na própria atividade. Isso não acontece de uma hora pra outra. Tanto que as mexidas nos juros costumam ter impacto sobre a atividade depois de três a seis meses. Mas já são três cortes consecutivos, o que reforça a possibilidade de um desempenho melhor da economia mais para o segundo semestre. Não dá pra contar com alguma diferença imediata, além desses cortes modestos dos juros do crediário e de financiamentos. Aliás, a própria taxa básica continua muito alta. Considerando a projeção de inflação para os próximos 12 meses, a taxa real está por volta dos 7,9%. O Brasil é recordista global de juros reais. Pra perder a liderança, a selic teria de cair mais de 4 pontos. Até por isso, o mercado teve hoje uma reação bem favorável, com a bolsa em alta e dólar em queda. Juros menores podem estimular a atividade sem ameaçar a atração de investimentos. O diferencial entre os juros praticados aqui e no exterior ainda é enorme. As aplicações atreladas aos juros continuam muito atraentes. Porém, começam a ser definidas as condições para um corte mais forte e prolongado dos juros, com possibilidade de a selic fechar o ano já rompendo, pra baixo, a faixa dos 10%.Uma das principais condições é a queda da inflação. O próprio Banco Central prevê o IPCA caminhando para o centro da meta, de 4,5%. Se, além disso, não houver algum problema maior no exterior, no campo político doméstico, o governo conseguir avançar com o ajuste fiscal e o desemrpego perder força, reduzindo o risco de inadimplência, podemos ter juros bem mais razoáveis no final de 2017. Eu volto na segunda. Até lá.