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Bombardeios deixam centenas de mortos em vilarejo na Síria

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Bombardeios deixam centenas de mortos em vilarejo na Síria Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

"Prestem atenção para este nome. É Ghouta, um subúrbio a leste de Damasco, a capital da Síria. Os 400 mil habitantes estão sendo submetidos aos bombardeios mais violentos em muitos anos por parte da ditadura de Bashar Al Assad. Entre domingo e hoje, 66 aviões descarregavam as bombas que transportavam debaixo das asas. E mais de 450 morteiros foram lançados pela artilharia.

O observatório sírio de direitos humanos, uma ONG baseada em Londres, diz que morreram só agora mais de 200 civis. Todos eles desarmados. Ghouta é uma espécie de Guarulhos para a capital da Síria. Fica bem ao lado da cidade maior. Tinha 2 milhões de habitantes, antes que começasse a guerra civil, há 7 anos. Tem hoje 400 mil.

A cidade está em poder dos rebeldes. E é por isso que sofre as maiores barbaridades até agora cometidas pela ditadura da Síria. Muitos de vocês talvez se lembrem do bombardeio de armas químicas em área urbana, em 2013. Al Assad matou na época 1.300 civis. Cadáveres de crianças foram perfilados numa calçada. As fotografias dessas vítimas chocaram o mundo. E foi depois delas que os Estados Unidos, em lugar de apenas armarem os rebeldes, começaram a participar diretamente da guerra.

A Rússia é hoje a grande aliada de Assad. O chefe da diplomacia russa disse que os relatos do que vem acontecendo em Ghouta são exagerados. Mas a verdade é que eles não são. Entre o final de dezembro e a semana passada, bombardeios mataram algo em torno de 700 civis. Com os 200 de agora, temos por volta de 900 mortos em menos de dois meses.

O jornal inglês The Guardian entrevistou um responsável pelas instalações hospitalares de Ghouta. Os aviões, entre domingo e hoje, bombardearam quatro hospitais. Um deles servia de maternidade. Pois para esse cidadão o que está acontecendo não é mais uma guerra. É um massacre. A ditadura de Al Assad ganhará esse conflito no campo militar. Mas ela vai merecer, no plano moral, todas as medalhas pela monstruosidade. É assim que o mundo gira."
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