Aumento de tarifas em 2015

O ônibus, o trem e o metrô vão aumentar, tarifas estaduais e municipais.

O ano de 2015 está começando. Quer dizer, já estamos começando a saber dos aumentos de preços e impostos que já estavam previstos faz meses, desde antes da eleição. Acabou a eleição, chega a conta, como a gente vinha antecipando faz meses aqui no Jornal da Gazeta.

O ônibus, o trem e o metrô vão aumentar, tarifas estaduais e municipais. A prefeitura e o governo de São Paulo ainda não divulgaram de quanto vai ser o reajuste e, por enquanto, negam que metrô e ônibus vão para R$ 3,50. Mas vão pelo menos para R$ 3,30.

Além do reajuste da água, que vai cair mesmo no nosso bolso em 2015, quem gastar mais do que de costume vai provavelmente pagar um extra. Em certo sentido, cobrar mais pela água em momento de crise de falta de chuva é a coisa certa a fazer. O problema foi o governo Alckmin ter deixado a crise chegar a esse ponto.

Vai começar a cobrança da "bandeira tarifária" da energia elétrica. O que quer dizer isso? As bandeiras vermelha, amarela e verde vão indicar se os custos de produção da energia estão altos demais em cada mês. O custo alto é repassado imediatamente para o consumidor final. Em caso de bandeira vermelha, vem o maior extra na tarifa. Em janeiro, vamos de bandeira vermelha, aumento de mais de 8% na tarifa. Não é grande coisa, cerca de R$ 3 em média e vai servir pra cobrir o rombo das empresas elétricas, ameaçadas de crise. Mas outros reajustes de energia estão no radar, pois o governo represou demais o repasse de custos, que acabou ficando mais caro. Essa conta vai chegar, ainda.

Em resumo, está caindo a ficha de vários erros de política econômica e políticas públicas dos últimos anos. A conta do excesso de gastos e mau planejamento chegou. Mas não apenas essa. Até agora pouco, a gente ouvia falar que o PIB crescia devagarinho, era um Pibinho, mas o efeito disso não era muito visível no dia a dia. Agora, é. Saiu hoje o primeiro balanço das vendas de Natal, da Serasa. As vendas deste ano caíram em relação ao Natal de 2013, uma queda que não se via desde 2003, faz mais de uma década.