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Ataque terrorista expõe a fragilidade da segurança alemã

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Ataque terrorista expõe a fragilidade da segurança alemã Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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Terrorismo não é um assunto que combina com antevéspera de Natal. Mas vamos lá. Finalmente foi pego o autor do atentado de segunda-feira, que matou em Berlim 12 pessoas, num mercado de produtos de Natal. O desfecho dessa história merece três grandes observações. A primeira diz respeito à incompetência da polícia alemã. É inacreditável que ela tenha saído atrás de um suspeito errado, e que, só na quarta-feira, tenha descoberto, na cabina do caminhão, um documento e as impressões digitais do terrorista verdadeiro. Coisa de amadores. A segunda observação é em defesa dos serviços alemães de inteligência. Eles monitoram grupos de muçulmanos, e o contrabando de armas e explosivos, que são usados em atentados tradicionais. Não há como prever um atentado parecido ao de 14 de julho, em Nice, na França, quando o terrorista também matou as vítimas por atropelamento. O tunisiano Anis Amri, que é o terrorista de agora, poderia ter até simpatias pelo Estado Islâmico, que reivindicou o atentado. Mas, ao que se saiba, ele não fazia parte de uma célula clandestina, como aquelas que funcionavam na Europa há dez anos, e que deviam obediência à Al Qaeda. Os especialistas em espionagem não conseguem identificar e prender, antes do atentado, um terrorista que atua como lobo solitário. E agora uma terceira observação. Antes que o terrorista fosse hoje morto pela polícia italiana, ele funcionou como um cabo eleitoral da extrema direita alemã. A chanceler Angela Merkel levou a culpa pelo atentado, nas declarações dos nacionalistas extremados. Não há por enquanto pesquisa eleitoral. Mas ela perdeu intenções de voto, no projeto para se reeleger pela quarta vez, daqui a nove meses, para a chefia do governo. A extrema direita diz que Merkel, ao abrir as fronteiras para os refugiados, também deixou que entrassem terroristas. Pode até fazer algum sentido. Mas refugiados são uma questão humanitária. Terrorismo é um assunto de polícia. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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