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Após carnificina de 29 dias, paz em Gaza está muito distante

Comentarista de Política Internacional do Jornal da Gazeta, João Batista Natali comenta os conflitos na faixa de Gaza.

Após carnificina de 29 dias, paz em Gaza está muito distante Comentarista de Política Internacional do Jornal da Gazeta, João Batista Natali comenta os conflitos na faixa de Gaza.
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Vamos falar mais uma vez de Gaza. Não há como deixar de falar. A grande novidade é que desde hoje de manhã Israel não matou mais ninguém. A quarta tentativa de cessar-fogo está aparentemente dando certo. Nas três anteriores, o Hamas desrespeitou duas, e Israel, uma. A outra novidade é que Israel retirou suas tropas do território palestino. Fez isso porque já destruiu 32 túneis que os terroristas construíram para invadir o território israelense. Mas existe por detrás de tudo uma pergunta importante. Será que dá para colocar um ponto final nessa carnificina de 28 dias, que matou 1.850 palestinos. E entre eles, quase 400 crianças? Foi uma carnificina de civis. É difícil encontrar um plano de paz que seja aceito pelos dois lados. Israel colocou na mesa de negociações, instalada hoje no Egito, a ideia de entregar a Faixa de Gaza para uma administração provisória da ONU. Faz sentido. A ONU foi competente depois da crise de Suez, em 1956.
E também assumiu Kosovo e Timor Leste, antes da independência desses dois territórios. Na semana passada, com um palavreado um pouco mais vago, Israel sugeriu a entrega de Gaza a uma administração internacional. Ela teria como tarefa a reconstrução dos estragos materiais que os próprios israelenses provocaram. E, como pano de fundo, deveria confiscar os arsenais dos extremistas. É difícil imaginar que o Hamas concorde com isso. O grupo muçulmano de extrema direita precisa de muito sangue para sobreviver. Sangue palestino e sangue israelense. Embora seja sunita, ele se aliou agora aos xiitas do Hizbollah, que atuam no sul do Líbano, e têm um histórico de atritos com Israel. Os Estados Unidos têm hoje um poder de pressão muito pequeno sobre o aliado israelense. E o Hamas não se sujeita à pressão de ninguém. Está agora moralmente fortalecido, pelo mais rápido crescimento dos cemitérios na história recente do Oriente Médio. Trocando em miúdos, a paz não está fácil. E ainda está muito distante. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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