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Ante o terror islâmico, França resiste ao preconceito

Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

Ante o terror islâmico, França resiste ao preconceito Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.
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Comentário de Política Internacional, com João Batista Natali.

"Então o terrorismo atacou mais uma vez, hoje na França. Não foi nada tão dramático quanto o atentado de 2015, na casa noturna Bataclan, em Paris, que deixou 130 mortos. Nem o atentado no ano seguinte numa praia de Nice, em que o terrorista atropelou e matou 86.

O atentado de hoje nas cidadezinhas de Carcassonne e Trèbes deixou apenas três mortos. E o criminoso, de 26 anos, disse pertencer ao grupo terrorista Estado Islâmico. O importante não é o número de vítimas. É o fato de um país como a França continuar vulnerável.

Desde 1986, o país tem uma divisão especial da polícia, especializada na prevenção ao terrorismo e também tem um juiz de direito que acompanha as investigações e determina a prisão de suspeitos. Mesmo assim, o terrorista chamado Redouane Laktim fez reféns num supermercado, matou e acabou sendo morto por policiais.

A França toma dois cuidados que também existem na Inglaterra e na Alemanha. De um lado, é preciso vigiar a comunidade muçulmana para identificar núcleos de extremismo religioso. De outro lado, é preciso impedir que o medo do terrorismo acabe criminalizando toda essa comunidade numerosa e, com isso, também acabe alimentando o preconceito. É uma operação delicada e eu acredito que a população esteja reagindo de modo positivo.

Os dois principais fatores que alimentaram o racismo na França foram a dominação política da África do Norte, que considerava os árabes da Argélia ou do Marrocos como seres humanos inferiores. E o segundo fator foi a guerra da Argélia, que a França perdeu e que permitiu aos argelinos chegarem à independência. Mas as novas gerações só conhecem essas coisas pelos livros de história.

Para os que têm menos de 50 anos, o preconceito só pode entrar pela porta do terrorismo islâmico. Mas o sistema educacional francês tem sido hábil e inteligente para evitar generalizações. Tomara que continue a dar certo. É assim que o mundo gira. Boa noite."
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