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Ajuste das contas públicas gera credibilidade

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

Ajuste das contas públicas gera credibilidade Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Essa possibilidade de aumento de impostos vai permanecer enquanto não houver segurança quanto à execução do ajuste fiscal, que depende muito da aprovação da PEC dos gastos. Isso é que vai começar a enquadrar as despesas públicas. O governo precisa dessa mudança legal pra ter condições de frear as pressões por aumento de gastos e até para cumprir as metas, Neste ano, a meta para as contas públicas é de um rombo de 172 bilhões de reais que, no ano que vem, deve cair para 139 bilhões, entre outras coisas, porque as despesas não poderão subir acima da inflação. O governo deve avançar com as concessões, privatizações, deve ter maior arrecadação, diante da esperada retomada do crescimento da economia. Mas se os gastos continuarem avançando, como nos últimos anos, vão engolir qualquer ganho de receita. Por isso, o governo fala em aumento de impostos. Seria uma forma de compensar... Só que, se os gastos não se enquadrarem, ainda virão outras consequências. Uma delas é a contenção do reajuste do salário mínimo, que tem implicações sobre as contas da Previdência, próximo alvo do ajuste. O governo poderia começar o ajuste por aí, alterando a fórmula de reajuste do mínimo, desvinculando da Previdência. Só que a intenção é uma reformulação mais ampla das despesas públicas, pra depois partir para a reforma da Previdência, que também é imprescindível. Sem a reforma, em poucos anos, os gastos com os benefícios vão abocanhar tudo o que o governo poderá gastar com base nos limites impostos pela PEC. Portanto, o desafio fiscal não acaba com a aprovação da PEC. Mas vai ser uma passo decisivo. E porque há necessidade desse aperto todo? Porque sem o ajuste das contas o governo não vai ter como gerar saldos positivos para reduzir a dívida pública, pra recuperar a capacidade de pagamento e, junto com ela, a credibilidade. Credibilidade que ajuda na atração de recursos externos, estimula investimentos e consumo, além de dar condições de o Banco Central cortar a taxa básica com mais intensidade. Taxa que bate direto na dívida. Sendo que a sinalização de uma melhoria das contas, já pode reduzir os juros cobrados do governo na captação de recursos, o que também tem impacto na dívida. Daí os alertas dramáticos quanto aos possíveis efeitos da não aprovação da PEC. Sem o ajuste fiscal, toda a perspectiva de reversão da crise fica comprometida. Eu volto na quinta. Até lá.
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