Como ter um guarda-roupa sustentável

display of second hand baby clothes and pyjamas for reusing, reselling,recycling,donating or welfare for second life sold at thrift store

Aposto que você tem pelo menos uma peça no seu guarda-roupa que não usa ou que está esquecida para aquela ocasião especial que nunca chega, não é mesmo?

No entanto, este tipo de atitude não é bom nem para você, nem para o planeta. Além de gastar dinheiro com roupas que ficam guardadas ocupando espaço no armário, você colabora com a cultura do desperdício.

Para evitar este tipo de situação criou-se o termo “guarda-roupa sustentável”, que nada mais é do que consumir artigos de moda sem exageros para andar sempre elegante, porém agredindo menos a natureza.

Para nos ajudar a montar nosso próprio guarda-roupa sustentável, a consultora de moda Suelen Arrigo, que participa toda semana do programa “Mulheres“, nos deu algumas dicas valiosas:

1 – Otimize o seu guarda-roupa:

É o famoso “desapegue”! Tenha consciência de que usa todas as roupas que tem.

“Tire um tempo e olhe todas as suas peças. Se você não gosta ou não usa por algum motivo, se desfaça dela. Se ela está guardada há mais de um ano e você ainda não usou, é difícil que use”, conta Suelen.

2- Customizar peças:

“A gente sempre preza pelas tendências, e é sempre legal usar o que foi ditado pelos estilistas, porém você não precisa necessariamente comprar uma peça nova, você pode customizar as peças que você já tem conforme as tendências”.

Você pode pegar alguma calça antiga e desfiar a peça na altura dos joelhos, ou até mesmo colar pins em jaquetas e camiseta, por exemplo.

3 – Pensar antes de comprar:

Não adianta nada sair comprando várias peças lindas mas que não combinam com nada que você tem em casa, né? Mais uma vez é bom fazer aquela boa limpeza nas suas roupas e manter apenas o necessário. “Quando for comprar peças novas lembre-se do que tem no seu guarda roupa, e leve apenas as que vão caber e combinar com o que você já tem”.

4 – Comprar peças de qualidade:

“Eu sou a favor de investir em peças de qualidade, mas muitas vezes não cabe no bolso. Então eu sugiro que você tenha as peças curinga de qualidade, como uma calça jeans bacana, um blazer e uma camisa legal, por exemplo”, conta Suelen.

Mesmo sendo difícil financeiramente, às vezes compensa mais comprar algumas roupas que durem vários anos do que um monte de peças que vão durar poucas lavagens.

5 – Não comprar por impulso:

“Muitas vezes a gente entra na onda do fast fashion, vai em lojas de departamento com cartão de crédito, fica deslumbrado, e acaba comprando por impulso”.

Reflita bem para não prejudicar o seu bolso e ainda ficar com várias peças encalhadas no seu guarda-roupa!

6 – Comprar e vender em brechós:

Não fique com preconceito, você pode encontrar peças de marca praticamente novas, algumas até com etiqueta, por um preço acessível. E o melhor é que você evita o desperdício, ao invés de jogar no lixo as roupas que você não quer mais, você pode fazer essas peças circularem por mais tempo, diminuindo o impacto que a produção de roupas tem no meio ambiente e de quebra ganhar um dinheirinho.

7 – Aluguel de roupas:

Já existem empresas especializadas no mercado de “biblioteca de roupas”, então, ao invés de comprar, você pode alugar algum artigo para uma ocasião especial, como uma entrevista de emprego, por exemplo. Você aluga e depois devolve no mesmo estado que levou para casa.

8 – Doe!

Se não quiser vender suas roupas no brechó, doe! É uma boa ação que pode ajudar muitas pessoas.

Suelen acrescenta que o cenário do mundo da moda deve passar por grandes mudanças nos próximos anos por conta da questão da sustentabilidade, empresas cada vez mais investem em tecidos tecnológicos que evitam transpiração, machas e odores, por exemplo, mas este cenário ainda está distante. “Como a maioria da população não pode investir em alta tecnologia no seu vestuário, a gente pode começar nas pequenas coisas, como otimizar seu guarda roupa, não comprar por impulso, etc. Enquanto a gente não se conscientizar fica difícil querer conscientiza a parte externa da sociedade”.