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Disputa pela prefeitura de São Paulo: propostas e discussões em pauta entre os pré-candidatos

Confira o conteúdo exclusivo da TV Gazeta - Disputa pela prefeitura de São Paulo: propostas e discussões em pauta entre os pré-candidatos

Por: Fernanda Alves

Publicado em: 13/03/2024 - Última atualização: 18/03/2024 - 19h55

Nesse ano, a capital paulista passará pelas eleições municipais, onde eleitoras e eleitores elegerão candidatos aos cargos de prefeito e vice, além de vereadores. Mesmo que com meses de antecedência, já que as eleições estão programadas para ocorrerem no dia 06 de outubro – com eventual segundo turno para o dia 27 do mesmo mês –, muitos pré-candidatos já foram anunciados pelos principais partidos.

A fim de esclarecer as dúvidas da população e de abranger o diálogo acerca das propostas de cada candidato dessa extensa lista, o Jornal da Gazeta realizou uma série de entrevistas com tais nomes. Dentre os assuntos, Denise Campos de Toledo os questionou sobre os possíveis vices, os problemas do município mais populoso do Brasil e seus impulsos para o mandato.

Guilherme Boulos (PSOL)

Guilherme Boulos, deputado federal pelo PSOL, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

Guilherme Boulos, deputado federal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL.

Na primeira entrevista da série, com Guilherme Boulos, foi mencionada a questão vinculada à sua vice candidata, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), indicada pelo presidente Lula. Para Boulos, Marta auxiliaria na criação de uma frente ampla, visto seu grande legado na capital paulista.

Segundo o deputado federal do estado, seu programa visa priorizar a humanização da cidade, como no caso de “políticas públicas para os mais pobres, de moradia, de urbanização, de saúde pública e de educação. Uma cidade mais segura e a prefeitura tem algo a fazer em relação à Segurança Pública […], você precisa ampliar a GCM, ter um processo de monitoramento maior”.

Quanto a sua solução diante da questão da Cracolândia, Boulos menciona que não é um “problema que tenha a bala de prata pra resolver, não é um problema simples”. Para ele, há três soluções interligadas, sendo elas a Segurança Pública – com uma atuação da GCM, integrada com as polícias militar e civil –, tratamento de saúde mental e intervenção social na moradia e na geração de renda.

Por fim, para o pré-candidato, a questão da mobilidade pode ser respondida através do estímulo ao uso do transporte público. Esse, para ele, é feito pelo investimento árduo em corredores, faixas exclusivas e redução da superlotação, com mais automóveis. “A prefeitura paga um subsídio bilionário para as empresas e elas deixam os ônibus parados na garagem porque elas ganham o subsídio pelo número de passageiros e não por viagens feitas e quilômetros”, mencionou Boulos.

Ricardo Nunes (MDB)

Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo pelo MDB, candidato à reeleição.

Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo pelo MDB, candidato à reeleição.

O atual prefeito de São Paulo foi o segundo pré-candidato a conversar com Denise Campos de Toledo. Também questionado quanto ao vice, Nunes pontuou que esse debate ainda estaria antecipado. Porém, pretende conversar com os partidos, a fim de alcançar um consenso.

Quando indagado sobre a importância da indicação de alguém por Bolsonaro e de seu apoio, Ricardo Nunes disse que há outros pontos mais cruciais para se discutir diante da eleição. “Quem vai estar no dia a dia, nos 365 dias do ano, tocando a cidade, respondendo pelas questões e atendendo à população, é o candidato”, completou ele.

Diante da questão da Cracolândia, o prefeito buscou pontuar o trabalho que a prefeitura vem realizando em conjunto com o estado. Esse, para ele, busca ofertar um tratamento de saúde para os dependentes e produzir uma atuação entre as polícias civil e militar e a guarda civil metropolitana, fazendo o chamado “enfrentamento dos traficantes”.

Quanto à mobilidade na cidade, Nunes reiterou que este foi o quarto ano consecutivo sem aumentar as tarifas – algo que sai em desacordo com o aumento de Tarcísio. Segundo ele, “manter a tarifa pelo quarto ano consecutivo sem correção faz parte desse incentivo para o uso do transporte coletivo”.

Tabata Amaral (PSB)

Tabata Amaral, deputada federal, pré-candidata à Prefeitura de SP pelo PSB.

Tabata Amaral, pré-candidata à Prefeitura de SP pelo PSB e, atualmente, deputada federal.

Dando sequência, Tabata Amaral foi a terceira a passar pelo Jornal da Gazeta. Indagada sobre a polarização neste contexto, a pré-candidata mencionou que, a princípio, seria a única que conseguiria estabelecer diálogos tanto com o governador Tarcísio de Freitas quanto com o presidente Lula. “Eu me proponho a dialogar com todo mundo que queira falar de uma cidade diferente, que queira, de fato, enfrentar essa desigualdade tremenda que a gente vive na cidade”, disse Tabata.

Sobre o nome que contemplaria sua chapa, a atual deputada reforçou que ter Datena como seu vice seria crucial para poder dialogar com a população. Segundo ela, o apresentador auxiliaria a “entender quais são as dores que a população sente”, construindo, assim, soluções em conjunto.

Dentre as prioridades de seu programa, Tabata acredita que a população aponta para três principais problemas na cidade. Para ela, seriam eles: a segurança pública, que ultrapassa a situação da Cracolândia; a mobilidade, que acaba sendo impactada pelas obras mal executadas e inacabadas; e a desigualdade, que esbarra na educação, na moradia e no transporte.

A pré-candidata disse que acredita que há desafios anteriores à implementação da Tarifa Zero. “A gente vai melhorar a qualidade do transporte público, ganhar a confiança da população, […] trazer mais recursos, aí a gente tem condições de se comprometer com a redução da tarifa”.

Kim Kataguiri (União Brasil)

Kim Kataguiri, deputadao federal pelo União Brasil e pré-candidato à Prefeitura de SP.

Kim Kataguiri, deputadao federal pelo União Brasil e pré-candidato à Prefeitura de SP.

Parte da liderança do MBL (Movimento Brasil Livre), Kim Kataguiri foi mais um dos entrevistados. Questionado quanto a ser uma terceira via às margens da polarização, para ele, “se o cidadão quer votar em alguém que tem propostas duras na questão da segurança pública […], então, a minha pré-candidatura é a única à direita”.

Para a Cracolândia, Kim discorda do uso de uma política de redução de danos. “Você deveria enfrentar o problema, declarando guerra ao tráfico, ao crime organizado, ao PCC, fazendo a internação compulsória daqueles que não tem mais a capacidade de decidir por si e um trabalho de assistência social para aqueles que não estão envolvidos com drogas, mas que precisam passar por um processo de ressocialização”, mencionou ele.

Kim comenta que pretende trazer tecnologia do Japão para implementar outras políticas de segurança pública, com o intuito de transformar a Guarda Civil Metropolitana em Polícia Municipal. “Se um criminoso coloca uma arma na cabeça do cidadão, a polícia municipal tem autorização pra matar, precisa ter respaldo do prefeito e da assessoria jurídica da procuradoria do município pra ser defendido em juízo caso mate um criminoso no exercício regular da sua função”, disse o entrevistado.

Quanto à Tarifa Zero, o pré-candidato acredita que é algo para “jogar mais dinheiro em um sistema que não está funcionando”. Sendo assim, o mesmo não pensa em implementá-la em sua possível gestão.

Marina Helena (Novo)

Marina Helena, deputada federal suplente e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Novo.

Marina Helena, hoje, deputada federal suplente e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Novo.

Para finalizar a série de entrevistas, a última pré-candidata a conversar com a Denise foi Marina Helena. Assim como os demais, a escolhida do partido NOVO também foi indagada quanto ao processo de escolha de seu vice. Para Marina, essa seria a escolha mais importante de sua jornada e, por isso, será por alguém cujas ideias e propostas sejam semelhantes às suas.

Eu defendo uma gestão eficiente, um foco que priorize segurança, saúde, educação de qualidade, que é isso que os nossos mandatários entregam. […] Na hora do seu voto, você normalmente tem que fazer escolhas e você as faz de acordo com suas convicções. Então, eu não consigo ver o NOVO com posições extremistas”, respondeu a entrevistada sobre a influência de questões ideológicas.

Para a questão da privatização, Marina acredita que é preciso expandi-la para outros setores, como a educação. “Eu não vejo que faz sentido a gente continuar colocando mais recursos em algo que não está funcionado. Então, a gente tem uma proposta de ter parcerias público-privadas na educação”, pontuou a pré-candidata.

Quanto à segurança, para ela, é preciso aumentar o protagonismo do município. Para isso, Marina propõe aumentar o orçamento dedicado a esse setor, realocando os investimentos. Ainda, sugere intensificar o policiamento ostensivo da guarda municipal, “a gente precisa de um efetivo maior na rua, porque isso coíbe o crime e impede que aconteça. Virou um caos”.