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Os técnicos mais vitoriosos do futebol brasileiro

Técnicos de futebol no Brasil são seres que vão do céu ao inferno em um fim semana.

Publicado em: 30/06/2022 - Última atualização: 24/04/2023 - 17h51

Técnicos de futebol no Brasil são seres que vão do céu ao inferno em um fim semana. São profissionais capazes de identificar quem, como e quando deve ocupar um espaço, possuem uma capacidade de observação ímpar acusando caraterísticas que nem mesmo o próprio atleta sabia possuir. Em suma, são os sujeitos da história chamada futebol que sabem reunir individualidades e transformá-las em um coletivo; são aqueles que não apostam no jogo do bicho, mas sabem perfeitamente como domá-los. 

 

O técnico deve estar muito atento às características de seus jogadores para deles extrair todo o potencial; Luiz Alonso Perez, o Lula, foi um mestre nisso, tinha um olho clínico para formar seu time. Lula foi treinador do Santos Futebol Clube de 5 de junho de 1954 a 19 de dezembro de 1966, há mais de doze anos. Pelé é gigantesco, mas foi Lula quem o lapidou e quem criou e comandou as estratégias para aquele time fabuloso. Foram 949 jogos à frente da equipe santista com impressionantes 771 vitórias, um aproveitamento superior a 80%. Lula é recordista brasileiro em títulos, 38 canecos pelo Santos, destacando-se cinco campeonatos brasileiros consecutivos, um recorde, oito conquistas no campeonato paulista, duas taças Libertadores da América e dois títulos mundiais interclubes. Após deixar o Santos por razões nunca reveladas – muitos afirmam ter sido em função de um desentendimento com Pelé -, Lula treinou o Corinthians, Portuguesa de Desportos e Santo André. Morreu em 15 de junho de 1972, aos cinquenta anos, em decorrência de complicações depois de um transplante de rins.

 

Telê Santana da Silva é um caso único no futebol brasileiro e talvez mundial; é considerado o maior treinador da seleção brasileira de todos os tempos, mesmo amargando derrotas em duas copas do mundo, 1982 e 1986. Suas seleções, especialmente a de 1982, jogavam um futebol brilhante. Telê conquistou títulos por quase todos os clubes que treinou, mas foi à frente do São Paulo que o professor venceu suas duas principais competições, duas Libertadores e dois mundiais interclubes, 1992 e 1993. Nestes anos, foi eleito o melhor técnico de futebol do mundo. Uma curiosidade, Telê ganhou como jogador o troféu Belfort Duarte por ficar 200 jogos consecutivos sem sofrer uma expulsão sequer. Telê Santana faleceu em 21 de abril de 2006.

 

Se há um treinador que coleciona títulos, este é Vanderlei Luxemburgo. O lateral esquerdo do Flamengo, Internacional e Botafogo do Rio, com passagens pela seleção brasileira, não imaginava que como treinador viria a ser um dos maiores. É recordista na conquista de campeonatos paulista, nove vezes, superando Lula com as suas oito taças. Conquistou cinco títulos nacionais (Santos, Cruzeiro, Corinthians e dois pelo Palmeiras) e com exceção da Copa América à frente do selecionado brasileiro, em 1999, títulos internacionais por clubes nunca vieram. Luxemburgo é um técnico local, doméstico, parece não se adaptar às competições internacionais, no entanto, talento não lhe falta.

 

 
Se na condição de jogador profissional habilidade não fosse seu forte, sobrava-lhe garra e comando. Esta é a mais justa descrição de Luiz Felipe Scolari. Já como treinador, o talento como estrategista brotou, consagrando-o como um dos maiores. Ganhou tudo o que se pode conceber. Mas o mundial de 2002 pela seleção brasileira é, sem dúvida, sua maior conquista. Entre os clubes que treinou, teve importantes e vitoriosas passagens por Grêmio e Palmeiras, times pelos quais conquistou o Brasileiro a Copa Libertadores da América. Pela seleção, foi ainda campeão da Copa das Confederações, em 2013. Scolari treinou clubes e seleções estrangeiras. Levou a seleção de Portugal a um segundo lugar na Euro 2004 e um quarto lugar no mundial de 2006. Scolari conquistou credibilidade em quase todas as equipes que dirigiu. Seu método conservador, partia da premissa de conduzir suas equipes com mão de ferro, Nunca se importou em sacar os chamados medalhões que não estivessem correspondendo em campo. Deixou Romário de fora da copa de 2002, por exemplo, por não concordar com as atitudes do atleta extracampo. Talentoso e conservador, Scolari, o Felipão, é um dos maiores treinadores que o Brasil já produziu.

 

“Vocês vão ter que me engolir”, quem não se lembra de Mário Jorge Lobo Zagallo, proferindo esta frase? Zagallo começou a carreira de técnico no Botafogo, e não demorou a levar o Glorioso ao título da Taça Brasil em 1968. Dois anos depois, herdou o trabalho de João Saldanha na seleção brasileira, mudou algumas peças e comandou a equipe na conquista do tricampeonato mundial em 1970, entrando para a história como o futebol mais bonito do mundo. Décadas depois, foi vice-campeão na Copa de 1998, além de levantar uma enorme quantidade de títulos na maioria dos clubes por onde passou. Uma verdadeira lenda.

 

Em seus momentos históricos, muitos outros treinadores igualmente talentosos e vitoriosos merecem ser lembrados e celebrados, a exemplo de Osvaldo Brandão, Feola, Aymoré Moreira, Rubens Mineli. Mais recentemente, em meio a uma verdadeira invasão de treinadores estrangeiros, alguns jovens treinadores prometem muito. Em uma próxima oportunidade falaremos deles.

 

 

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