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Rappin Hood

Nascido e criando em São Paulo, o músico Rappin Hood começou a compor suas primeiras rimas aos 14 anos e desde então não parou mais.

Publicado em: 14/10/2016 - Última atualização: 02/08/2023 - 19h29

 

Nascido e criando em São Paulo, o músico começou a compor suas primeiras rimas aos 14 anos e desde então não parou mais. Hoje já são 30 anos de carreira em que trabalhou com grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Arlindo Cruz, Jair Rodrigues, Zélia Duncan e Dudu Nobre.
 

Além de rapper, Rapping’ Hood é radialista, apresentador, produtor musical e ativista social, tema que está sempre presente em suas músicas.
 

Aprecie os “5 Discos” de Rappin Hood!

 


 

Public Enemy – Fear Of A Black Planet – 1990

 

Fear Of A Black Planet é um título que diz muito sobre o que você vai encontrar neste grandioso álbum de hip hop. Terceiro disco de estúdio do Public Enemy traz barras de peso nas vozes de Chuck D e Flavor Flav, abordando a questão racial nos Estados Unidos como a supremacia branca, o racismo disfarçado e a violência policial contra os negros. Lançado na era de ouro do Hip Hop, este álbum do trio teve o sucesso “Fight The Power” eternizado na trilha do filme de Spike Lee “Faça A Coisa Certa”, que retrata o cotidiano e as dificuldades de um bairro de moradores predominantemente negros. O disco vendeu mais de 2 milhões de cópias e é considerado um dos melhores discos de Hip Hop da história.

 

“Medo de um planeta negro, esse é outro disco de cabeceira, me formei como rapper curtindo esse disco. Esse foi o ‘livro’ lido por mim pra ser um rapper. Eu amo essa banda”.

 

 

 


 


Martinho da Vila – Memórias de um Sargento de Milícias – 1971

Terceiro álbum da carreira de Martinho da Vila, uma obra prima. Com composições do próprio Martinho em parceria com Candeia e Darcy da Mangueira, o disco possui laços com o livro homônimo de Manuel Antônio de Almeida. Nas canções, assim como no livro, Martinho expõe o cotidiano das classes sociais mais baixas da sociedade. O título se dá também pelo motivo de Martinho tê-lo feito logo após sair do exército nacional.

“Se você me perguntar o que é samba eu vou falar que é o Martinho da Vila e o disco Memórias de um Sargento de Milícias. Este é o disco que me fez conhecer o samba, me alimentou desse ritmo maravilhoso. Eu amo esse disco, eu amo esse jeito de cantar devagar, devagarinho, de Martinho”.

 

 

 

 

Lp cover released 1978.

 

 
Bob Marley & The Wailers – Kaya – 1978

 

Kaya, disco que chegou ao top 5 das paradas britânicas em seu lançamento, é um disco que retrata basicamente toda a filosofia de Bob e dos Wailers: Paz, amor, uma vida serena, calmaria e é claro, maconha. Na ‘track listing’, estão presentes canções imortais como “Is This Love” e “Satisfy My Soul”. O lançamento do álbum também coincidiu com o lendário show One Love Peace Concert, marcado por ter sido o retorno de Marley à Jamaica, após o exílio em Londres.

 

“Eu trouxe esse disco pois foi o que me fez conhecer o reggae, curtir o reggae, conhecer a obra de Bob Marley, foi o ponto inicial do reggae na minha vida”

 

 

 


escute-playlist

Tim Maia – Racional Volume 1 – 1975

 

A história de Tim Maia Racional Vol. 1 é, no mínimo, intrigante. Após ser levado por Tibério Gaspar para um encontro com Manuel Jacintho, líder da seita Racional, Tim estava com seus pensamentos totalmente voltados à imunização racional, que segundo o livro, era a maneira de se proteger da “magnetização”, motivo de todos os problemas do mundo. Sebastião Rodrigues Maia então largou a bebida, as drogas e ordenou que todos de sua banda seguissem o mesmo caminho. Sua voz teve uma melhora muito notável, porém sua gravadora estava bastante receosa quanto ao conteúdo das canções, que estavam sendo regravadas para que não houvesse “conteúdo impróprio”. O temor da gravadora se confirmou, o disco duplo foi lançado 100% com a temática racional e Tim passou a cantar apenas as músicas da nova fase nos shows, desagradando o público que clamava por seus sucessos anteriores. Os canais de televisão e estações de rádio também fecharam as portas para Tim Maia. Em suma, Tim voltou à realidade e renegou não só o disco, como toda sua fase na cultura racional, ainda que o álbum seja recheado de sucessos e canções inesquecíveis, como “Bom Senso”, “Universo em Desencanto” e “Imunização Racional” (Que Beleza).

 

“Grande doidão Tim Maia, como eu amava ele, sensacional ter conhecido a pessoa dele. Esse disco é especial, o groove mais louco do soul e do funk brasileiro. Escutem!”

 

 

 



Jorge Ben – A Tábua de Esmeralda – 1974

 

A Tábua De Esmeralda, foi mais um dos maravilhosos discos da música brasileira, lançado na década de 70. Em suas palavras: “Quero fazer um disco sobre os alquimistas, sobre Hermes Trismegisto e a tábua de esmeraldas, Paracelso e a agricultura celeste”. Neste álbum, Jorge Ben se supera em criatividade. Inspirado na alquimia de Nicolas Flamel, o disco se desenvolve com muita poesia e referências indiretas ao período da época não só no Brasil, como no mundo.
A primeira faixa é “Os Alquimistas Estão Chegando”, uma canção que fala das qualidades dos alquimistas, de seus instrumentos de trabalho e do poder de transformar metais em ouro, uma possível relação com a mente humana que pode ir da ignorância para a sabedoria, o que alguns interpretaram como o poder dos intolerantes se tornarem sábios na época da ditadura.
Esta foi a vez de Jorge Ben entrar em universos culturais não-convencionais, como fez Tim Maia com a cultura racional. Este é considerado o melhor disco de sua carreira.

 

“O famoso Benjor, eu sou muito fã dele, é um dos artistas brasileiros que eu tenho mais carinho e que escuto mais. Realmente esse disco é diferenciado, é um disco com muitas músicas maravilhosas e retrata uma época que tenho muitas lembranças infantis e afetivas, é um disco de cabeceira pra mim”

 

 

Ouça e confira as histórias de outras músicas relacionadas a esse episódio!

 

 

01 RAPPIN’ HOOD – “O Chamado”
“Abram alas, o aliado que ama o povo e não o ilude…com vocês, Rappin’ Hood!” Assim Rappin’ Hood começa sua carreira solo, na faixa “O Chamado”, do álbum Sujeito Homem.

 

02 RAPPIN’ HOOD – “Rap Du Bom (Pt.II)”
“Rap Du Bom (Pt.II)”, do álbum Sujeito Homem 2, traz Rappin’ Hood e Caetano Veloso juntos, num grande encontro entre o rap e a MPB.

 

03 LOS SEBOSOS POSTIZOS – “Os Alquimistas Estão Chegando”.
Los Sebosos Postizos é o projeto paralelo de alguns dos integrantes da Nação Zumbi. A banda lançou seu primeiro CD Los sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor em setembro de 2012. Aqui você ouve a faixa “Os Alquimistas Estão Chegando”.

 

04 TIM MAIA – “Réu Confesso”
Antes de mergulhar na cultura racional (e permancer nela por algum tempo), Tim Maia já tinha reconhecimento nacional. Seu álbum anterior à fase racional, lançado em 1973, trouxe alguns dos grandes clássicos da carreira de Tim, entre eles “Réu Confesso”.

 

05 MARTINHO DA VILA – “Escuta, Cavaquinho”
Martinho da Vila tem mais de 50 álbuns em sua discografia; o mais recente é De Bem com a Vida, de 2016, álbum que abre com a singela “Escuta, Cavaquinho!”.

 

06 STEEL PULSE – “Can’t Stand It”
“Fight the Power” foi uma faixa do álbum Fear of a Black Planet que teve grande repercussão, em grande parte pela inclusão desta música na trilha sonora do filme Faça a Coisa Certa, de Spike Lee. Essa trilha contava também com um reggae do clássico grupo britânico Steel Pulse.

 

07 RACIONAIS MC’S – “Pânico na Zona Sul”
Fear of a Black Planet, lançada em 1990, foi um álbum marcante dentro da história do rap internacional; aqui no Brasil, neste mesmo ano, um importante capítulo da história do rap nacional também estava sendo escrito: os Racionais Mc’s lançavam seu EP Holocausto Urbano; “Pânico na Zona Sul” é a faixa que abre este EP.

 

08 POSSE MENTE ZULU – “Sou Negrão”
Formado em 1992 pelo trio Rappin’ Hood, Johnny MC e DJ Akeen, o PMZ tornou-se conhecido em todo o Brasil após um show em homenagem aos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, em 1995. “Sou Negrão” passou a ser executada em várias rádios comunitárias. Porém o lançamento de seu disco de estreia não acabou saindo pois Rappin’ Hood decidiu seguir carreira solo. Em 2005, os três integrantes se reuniram novamente e lançaram Revolusom: a Volta do Tape Perdido, em referência ao atraso do lançamento.

 

09 ZIGGY MARLEY & THE MELODY MAKERS – “Tomorrow People”
O legado de Bob Marley passou de certa forma a seu filho, Ziggy Marley, que seguiu carreira artística e tornou-se também um expoente do reggae, levando-o às rádios de todo mundo. Em 1989, Ziggy, ao lado dos Melody Makers, ganhou Grammy de Melhor Álbum de reggae com o álbum Conscious Party, disco impulsionado pelo hit “Tomorrow People”.

 

10 BOB MARLEY – “One Love”
São inúmeros os clássicos de Bob Marley, mas um deles foi considerado pela BBC “a canção do milênio”: “One Love”.