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País continua com juros absurdamente altos

Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

País continua com juros absurdamente altos Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.
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Comentário de Economia, com Denise Campos de Toledo.

"Esses aumentos parecem bem incoerentes com a inflação baixa e a taxa básica no menor nível já registrado. A principal justificativa ainda é o risco de inadimplência, diante de problemas como o desemprego elevado. Agora, o fato é que mesmo com a queda que houve, por catorze meses consecutivos, continuamos com juros absurdamente altos.

Há um problema estrutural na formação das taxas no País, que se explica não só pela lucratividade dos bancos, como muitos questionam. Há um risco mesmo relacionado ao calote, por exemplo. O sistema não tem muita proteção. Lá atrás ofereceu crédito muito fácil e qualquer aumento dos atraso configura uma ameaça. As pessoas têm vários cartões, limites muito altos no cheque especial e podem deixar de pagar de uma hora pra outra. Tem linhas que têm mais garantia, como na compra de veículos ou imóveis, onde dá pra retomar o bem. Por isso, na média, são menos caras. E tem o consignado, que é o mais barato, porque o desconto é feito direto na aposentadoria ou no salário.

Agora, pra haver uma queda mesmo dos juros seria importante uma revisão do peso dos impostos, do PIS, Cofins, IOF, tudo o que incide sobre as operações; do compulsório, que é aquela fatia de dinheiro que os bancos têm de deixar parado no Banco Central, reduzindo os recursos para o crédito; e tem a questão do cadastro positivo. Os bancos não têm informações disponíveis sobre todos os clientes, o que permitiria reduzir as taxas para os bons pagadores. A ideia é que haja divulgação automática dos dados e, quem não quiser, pede a exclusão. Hoje é o contrário. A pessoa tem de optar pela divulgação.

Além dessa mudança, o Banco Central tem proposto várias medidas pra induzir uma queda maior dos juros, mas muito sucesso. Comemora o corte de mais de cem pontos no custo do rotativo, que o consumidor agora só pode usar por um mês. Mas esses cem pontos não evitaram que as taxas continuassem acima dos 300% ao ano e o parcelado, que é a opção pra quem não quita tudo no primeiro mês, tivesse aumento em boa parte dos cartões. Tudo isso explica bastante porque não basta cortar a taxa básica, para termos juros mais civilizados. Boa noite."
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