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Galeria - Projeto Meus Velhos

Confira o conteúdo exclusivo da TV Gazeta - Galeria - Projeto Meus Velhos

Publicado em: 30/09/2016 - Última atualização: 02/08/2023 - 19h37


projeto-meus-velhos-bruno-varandas1Nada envelhece na visão de quem compraz
toda a meiguice expressa além do interior:
na face, o tempo; na alma, o exemplo contumaz,
próprio de quem nasceu do afeto e vive o amor!

Envelhecer tranquilo e muito mais capaz,
sem esconder a idade e, assim honrado, expor
a alma no olhar de uma feição toda de paz,
de modo natural, simples, mas sedutor!

Imagem sóbria, que reflete experiência,
que dispensa quaisquer fundamentos da ciência
pra definir os seus preceitos mais exatos!

Reclamar da velhice, ora, que desencanto!
Quem há de a maldizer por ter vivido tanto
e, ainda, poder colher os frutos dos seus atos?

Soneto Alexandrino – Genilton Vaillant de Sá

 


projeto-meus-velhos-bruno-varandas2A vida se esvai feito água na rede
Vencendo os poros e a gravidade
As tramas, nós e nascentes
Quebrando os calos
As pedreiras
Impassível, rompendo a casa e a clareira
Ainda que a tentem prender
A vida dá sua maneira
Vencendo as tramas da rede
Voltando à sua água primeira.
Texto do cantor e compositor Filipe Catto

 

 


projeto-meus-velhos-bruno-varandas3Saudade dói mais que os joelhos cansados do tempo. Lembranças marcam mais que a cor amarelada que o cigarro deixou nos fios do meu cabelo. Penso, medito, esqueço, me lembro, entro em conflito comigo. Rodo as horas, os dias, os meses, os anos pra trás, e me encontro corado e sadio em plena paixão. Não casei e não tive filhos. Ainda tenho um irmão. Mas quilômetros nos separam, e eu to fora de avião. Tenho um sabiá, o nome dele é Orlando, em homenagem ao cantor das multidões. O safado só canta quando quer. Mais vale um passaro na mão do que uma reclamação de uma mulher. Novamente penso, medito, esqueço, me lembro, entro em conflito comigo. Amigos? Tive alguns, mas faz décadas que não os vejo. Bebíamos muito, agora eu só bebo nostalgia. Não tenho fotos dos meus pais, mas os guardo nitidamente na gaveta da minha memória. Papai era padeiro e minha mãe costureira, éramos pobres mas nunca me faltou nada. Pensando, meditando, esquecendo, me lembrando, entrando em conflito comigo, fecho os olhos e ouso falar: A saudade é ver um gol do Garrincha e não poder comemorar.

Texto do cantor e compositor Leo Russo

 

 

 

 

 

 


projeto-meus-velhos-bruno-varandas4Dona Irene
dos olhos perdidos
de mão calejada
viaja andando
viaja parada.

Texto de Bruno Varandas

 

 

 

 

 

 


projeto-meus-velhos-bruno-varandas5Contundente, incisivo como o silêncio: eis a vida.
Um ciclo exposto num quadro colorido pintado em tons de cinza.

Uma música bela sem harmonia, ritmo e melodia.
Um ponto da trama onde teus olhos não mais fitam os meus.
E o cheiro do café no fim da tarde, tem gosto de saudade.

Mesmo próximos, vou me sentindo só.
Pensando que qualquer leve gesto é um pesado adeus.
E qualquer acorde, a nota final.

E mesmo entre tantos sentimentos, fingiremos estar tudo bem.
Faremos como sempre foi: em silêncio, economizaremos explicações.

Até breve, meu caro.
É chegada a hora de desvendar outros mistérios.

Texto de Rud Andrade

 

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